Breno Galtier – “Scalene: show em Curitiba tru00eas meses depois de se apresentar no Festival Coolritiba”

Pouca gente sabe, mas foi o músico Phil Collins o grande responsável por “criar” o ‘Dia Mundial do Rock’. No dia 13 de julho de 1985 foi realizado, em Londres e na Filadélfia, o festival ‘Live Aid’, que reuniu nomes importantes da música mundial, como David Bowie, Queen, U2, Madonna, Paul McCartney, The Who, Led Zeppelin, Mick Jagger e o próprio Phil, que intitulou a data como sendo o dia oficial desse gênero musical.
Com base nisso, o bar Crossroads, um dos mais representativos do gênero em Curitiba, decidiu criar o seu próprio festival, para comemorar esse dia tão especial. Alessandro Reis, o proprietário do estabelecimento, contou um pouco sobre o projeto, que acontece neste sábado, dia 14 de julho, a partir das 14 horas, na Usina 5.
A ideia de criar o festival surgiu a partir do próprio aniversário do Crossroads, comemorado no dia 4 de julho. Como o ‘Dia Mundial do Rock’ é no dia 13, o bar unia as datas e realizava uma única festa, realizada no antigo Curitiba Master Hall (hoje, Live Curitiba). “Fizemos isso durante 12 anos, e sempre com um número muito grande de pessoas. Mas decidimos, aproveitando a popularização de festas diurnas, realizar o evento mais cedo que de costume, para que toda a família pudesse curtir. Então, escolhemos o Usina 5, com o propósito de distribuir as atrações (cerca de 34 bandas) em 4 palcos, priorizando os grupos que participaram da história do Crossroads”, falou Alessandro.
Questionado se a valorização de bandas locais foi algo surgido na construção do evento, Alessandro diz que a organização pensou em apostar em nomes importantes para o rock paranaense, mas que, de certa forma, também ocorreram tentativas de trazer grandes nomes para participar do festival. “Nessa primeira edição, contamos com o Scalene, o Sugar Kane, que está fazendo uma carreira muito legal fora daqui, o Project 46. Mas fizemos contato com nomes consagrados, como o Barão Vermelho, Titãs, Sepultura e Ratos de Porão. Só não fechamos com eles por questão de agenda. Mas pro próximo ano pretendemos conciliar todas as faixas e estilos”, finaliza.


‘Adoramos tocar em Curitiba’
Uma das principais atrações do palco Crossroads, o Scalene retorna a Curitiba menos de três meses depois de incendiar o público no Festival Coolritiba. O baixista Lucas Furtado conversou com a equipe do Bem Paraná sobre sua participação no festival, assim como a relação com os fãs curitibanos, entre outros assuntos. 

Bem Paraná — Como surgiu o convite para participar do festival?
Lucas Furtado —
Temos um público muito fiel e vibrante em Curitiba. Fizemos vários shows na cidade nos últimos anos e em 2018 tocamos em nosso primeiro festival curitibano. Acho que a empolgação e energia dos shows foi o que mais chamou a atenção para que fôssemos convidados pra integrar esse belo lineup.

Bem Paraná — O Scalene é um dos grandes nomes do line up do festival. Como é dividir o espaço com bandas de diferentes estilos? Rola um intercâmbio de ideias (ou até mesmo projetos)?
Lucas Furtado —
Adoramos tocar com bandas de estilos diferentes. Sempre aprendemos muito e acabamos tendo contato com experiências que não teríamos de outra forma e isso é sempre enriquecedor. Sempre acaba rolando um intercâmbio quando temos a chance de trocar uma ideia pessoalmente com os outros artistas. Se, a partir daí surgir uma amizade e as coisas fluírem de forma natural, nada impede que role algum projeto.

Bem Paraná — O EP ‘Magnetite’ foi bastante elogiado por possuir pitadas de MPB e R&B e por tratar de assuntos urgentes do mundo atual, como empatia. Essa busca pela renovação no som da banda foi proposital ou surgiu de forma natural? 
Lucas Furtado —
Acho que um pouco dos dois, foi proposital no sentido de que sempre buscamos fazer coisas diferentes e não nos repetir a cada novo trabalho. Então, sempre buscamos novos caminhos e inspirações, mas o rumo que acabamos tomando foi totalmente natural, pois já estávamos com vontade de explorar os temas e estilos que estão presentes no magnetite. Quando iniciamos o processo de composição já estávamos com isso em mente e ficamos muito felizes com o resultado.

Bem Paraná — Recentemente, vocês realizaram um show no Festival Coolritiba e, agora, vocês retornam, menos de três meses depois, para tocar na capital paranaense. Como é a receptividade do público curitibano em relação ao Scalene?
Lucas Furtado —
A receptividade é excelente, gostamos muito de tocar em Curitiba e o público nunca decepciona, é sempre uma troca de energia incrível. Estamos muito felizes com a oportunidade de voltar tão cedo à cidade.