O Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol) pode deflagrar greve no Estado até o final do mês. Esta é a posição do sindicato, depois que o secretário de Estado da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, disse que não há previsão de reajuste salarial aos policiais civis, militares e bombeiros do Paraná neste ano. Hauly anunciou a decisão do governo durante prestação de contas na segunda-feira.

O Sinclapol promete organizar uma Assembleia Geral da categoria, nos próximos dias 23, 24 e 25, como forma de repúdio ao anúncio. Após as assmebleias, o presidente do Sinclapol, André Gutierrez, não descartou a possibilidade dos policiais civis iniciarem um movimento grevista em todo o Estado, para exigir o cumprimenro da Emenda 29 (PEC 64).

Aprovada em outubro do ano passado na Assembleia Legislativa, a emenda garante recuperação salarial aos policiais civis, militares e bombeiros. O texto da emenda foi publicado no Diário Oficial do Estado no final de outubro, fixando um prazo de 180 dias, para a implantação do subsídio. Agora Hauly diz que não há como o governo conceder esse reajuste porque o Estado teria herdado dívidas do governo anterior.

Mas para Gutierrez, é totalmente possível regulamentar o subsídio para o pagamento nos próximos três anos do governo. “É o mínimo que a classe espera, pois o reajuste poderá ser pago de forma escalonada pelos próximos três anos”, disse. Segundo o líder sindical, a lei prevê o efetivo de 6.246 policiais, mas a instituição conta com apenas 3,5 mil.

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