SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Baseado na história real da equipe de jornalismo investigativo do “Boston Globe”, “Spotlight” surpreendeu e venceu o Oscar de melhor filme na noite de domingo. O longa também levou o prêmio de roteiro original. Na história, repórteres desvendam o escândalo mundial de abuso sexual de crianças envolvendo sacerdotes da Igreja Católica. Vencedor do Oscar em 2015 por “Birdman”, o mexicano Alejandro G. Iñárritu venceu como melhor diretor por “O Regresso”. É seu segundo prêmio consecutivo na mais importante premiação do cinema. Ele dedicou o troféu a Leonardo DiCaprio: “Leo, você é ‘O Regresso’. Você dedicou sua vida a este filme”. Também fez um discurso em defesa da igualdade racial: “Tenho certeza de que a cor da nossa pele vai se tornar tão irrelevante quanto o comprimento do meu cabelo”. Após cinco indicações, DiCaprio finalmente levou o Oscar de melhor ator. O prêmio de melhor atriz foi para a favorita Brie Larson, 25 anos, por “O Quarto de Jack”. O britânico Mark Rylance desbancou o favorito Sylvester Stallone e venceu o prêmio de melhor ator coadjuvante. É sua primeira indicação ao prêmio da Academia americana, por “Ponte dos Espiões”. A sueca Alicia Vikander venceu o Oscar de atriz coadjuvante por “A Garota Dinamarquesa”. Favorita à estatueta, ela também ganhou o prêmio do Sindicato dos Atores. Neste ano, a cerimônia do Oscar incorporou uma novidade: os agradecimentos dos vencedores são listados em uma legenda, exibida pelas TVs que transmitem a festa. Até o momento, “Mad Max” é o principal vencedor da noite: levou seis estatuetas de suas dez indicações. Das categorias técnicas, só perdeu a de fotografia (acompanhe abaixo). O primeiro vencedor da noite foi o filme “Spotlight”, de roteiro original. O longa, favorito na categoria, retrata os bastidores da cobertura jornalística que desbaratou um esquema de pedofilia praticado por membros da igreja. Já “A Grande Aposta” conta a história do economista que previu a crise econômica dos Estados Unidos, em 2008. Candidato brasileiro, “O Menino e O Mundo”, do paulista Alê Abreu, perdeu o prêmio de melhor animação para o favorito, “Divertida Mente”.