Em X-Men: O Confronto Final (2006), terceiro filme de uma saga com os mutantes da Marvel, o professor Xavier explodiu. Magneto perdeu os poderes ao levar uma injeção da cura mutante. E Wolverine, com suas garras de adamantium, se viu obrigado a matar poderosa telecinética Jean Grey. Parecia mesmo o confronto final. Mas Wolverine: Imortal, que estreia hoje  em Curitiba, indica que novos confrontos com X-Men estarão por vir. Nos cinemas, obviamente.

Ao contrário de X-Men Origens: Wolverine, primeiro filme-solo do mais famoso mutante da Marvel, Wolverine: Imortal se passa depois dos acontecimentos das três histórias dos X-Men na telona. Exatamente porque matou Jean Grey, Wolverine (ou Logan) se tornou um pária-nômade-atormentado-beberrão-cabeludo nos confins do Canadá.

É nesses confins do Canadá que Logan acaba encontrado por Yukio, uma agente a mando de Yashida. Yashida era um militar japonês que Logan salvou de morrer na explosão da bomba atômica em Nagasaki (Japão), durante a Segunda Guerra Mundial. Agora, o homem tem quase 90 anos, é dono de um império financeiro em Tóquio, está à beira da morte e quer se despedir do homem que o salvou em 1945. Ao chegar a Tóquio (a contragosto), ele descobre que, além da despedida, Yashida quer outra coisa. Pede o fator de cura do herói — que, na prática, o torna imortal — e, em troca, promete transformá-lo em um “mortal”. O raciocínio do magnata é que Logan está de saco cheio da imortalidade, por causa de tanto sofrimento em mais de 150 anos de existência.

Logan não pode negar a si mesmo: fica dividido entre manter seu fator de cura (e sobreviver) e ceder aos apelos de Jean Grey, que aparece em seus sonhos e quer revê-lo do outro lado da vida. Mas percebe que há algo de podre no reino de Yashida. Aquela Dra. Green não cheira bem. Shingen, filho de Yashida, tem uma cara de quem está armando alguma. E há a doce Mariko, neta do magnata, que precisa de proteção…

Wolverine: Imortal é baseado em uma série de HQs escritas por Chris Claremont e desenhadas por Frank Miller, que narram uma passagem de Logan pelo Japão numa época em que ele está fora da superliga mutante. A série é um clássico entre fãs de quadrinhos. Sua adaptação para a tela grande tem momentos de alta fidelidade e algumas forçações — entre as quais são perceptíveis os esforços de reativar a franquia dos X-Men. Ah, sim… Como se trata de um filme da Marvel, nunca é demais lembrar que deve ser assistido até o fim. Dos créditos finais.


HISTÓRIA

O ator
O ator australiano Hugh Jackman, hoje com 43 anos, encarna Wolverine pela sexta vez na carreira. Ele esteve presente nos três filmes dos X-Men (de 2000, 2003 e 2006) e ganhou sua primeira aventura-solo em 2009. Além disso, fez uma divertida ponta em X-Men — Primeira Classe, de 2011. Curiosamente, na época do primeiro filme dos X-Men, ele não era a primeira opção para o papel. Mas Dougray Scott, o primeiro escolhido, não quis saber do personagem. Foi a partir do Wolverine que Hugh Jackman conheceu o estrelato.

Logan/Wolverine (Hugh Jackman)
Mutante com poder de cura — que, na prática, o torna imortal — e esqueleto revestido com adamantium, um metal indestrutível. É chamado para ir ao Japão se despedir de um velho amigo, cuja vida salvou no passado.
Yashida (Haruhiko Yamanouchi)
Em 1945, era um militar japonês que acabou salvo de morrer na explosão da bomba atômica, em 1945. Anos depois, fez fortuna na área de tecnologia. Agora, à beira da morte, quer se despedir do homem que o salvou.
Mariko (Tao Okamoto)
Neta de Yashida e filha de Shingen. Era noiva de Harada (Will Yun Lee), um ninja,  a quem amava quando era adolescente. Mas seu pai arranjou um casamento com Noburo (Brian Tee), ministro da Justiça do Japão.

Shingen (Hiroyuki Sanada)
Filho de Yashida. Na doença do pai, comanda os negócios da corporação. Ganancioso, está de olho bem gordo na herança do pai. Por isso, não faz força para mantê-lo vivo.
Yukio (Rila Fukushima)
Adotada por Yashida quando criança, tornou-se Irmã de criação de Mariko. Agente ninja encarregada por Yashida de trazer Logan ao Japão. Possui um sexto sentido que lhe dá flashes premonitivos.