A CPI dos Caixas Eletrônicos da Assembleia ouviu, ontem, a diretora do Procon/Paraná, Cláudia Silvano. Cláudia disse que os bancos não cumpriram um cronograma definido no começo do ano em uma reunião conjunta entre eles, Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e o próprio Procon que tratava do fechamento de agências por conta dos roubos aos caixas eletrônicos em todo Paraná. Os bancos ficaram de nos informar quantos caixas haviam fechado por questões de segurança e prometeram preparar um material educativo para os correntistas informando sobre essas mudanças, disse Cláudia. Segundo ela, passado o prazo dado na reunião, nenhuma das medidas foi colocada em prática, mas vamos cobrá-los novamente.

Prejuízo
Ainda de acordo com a diretora do Procon, a falta de agências e a dificuldade dos consumidores em sacar dinheiro e pagar contas é um problema grave, principalmente no interior do Estado. O que ocorre é que poucas denúncias são formalizadas. A população reclama mais formalmente, explicou.

Pedágio
O projeto do governo que muda as regras de funcionamento da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná (Agepar) recebeu nove emendas na sessão de ontem da Assembleia Legislativa e retornou à Comissão de Constituição e Justiça. A Agepar é responsável, por exemplo, pela fiscalização e definição das tarifas das concessões de pedágio.

Esvaziamento
O governo alega que as mudanças pretendem apenas adequar a atuação do órgão. A oposição questiona as alterações, afirmando que elas podem esvaziar os poderes de fiscalização da agência. Entre as emendas apresentadas pelo bloco oposicionista estão a que mantém o Conselho Deliberativo – o governo propõe transformá-lo em órgão meramente consultivo. Outra emenda mantém a participação de indicados pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no conselho da Agepar.

Fraude
O Ministério Público cumpriu ontem nove mandados de busca e apreensão, sendo dois na prefeitura de Cascavel (região Oeste), e sete em empresas localizadas no município. Os mandados se referema duas investigações que apuram fraudes em licitações promovidas pela prefeitura. A primeira está relacionada à contratação de serviços de transporte escolar rural, com a suspeita de que as empresas contratadas sejam do mesmo grupo, que seria vinculado à família da secretária de Assistência Social, Inês de Paula.

Nepotismo
A segunda investigação diz respeito à contratação de assistência técnica para equipamentos de telefonia e informática. Do mesmo modo, há a suspeita de que as empresas pertençam a um mesmo grupo, que seria vinculado a filhos do vice-prefeito. Nos dois casos, as empresas mantinham contrato com a prefeitura desde meados de 2012. Ontem, foram apreendidos documentos das empresas investigadas, procedimentos licitatórios, contratos administrativos e computadores.