SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Quando o protesto de moradores de Embu das Artes, na Grande São Paulo, começou a se dispersar no acostamento da rodovia Régis Bittencourt no quilômetro 280 neste domingo (27), um grupo de caminhoneiros convocou parte dos manifestantes para pedir que continuassem apoiando nos próximos dias.

Em uma roda improvisada com cerca de 50 pessoas, eles expressaram preocupação de que o apoio possa se dispersar e argumentaram que se as demandas dos caminhoneiros forem atendidas, isso irá se refletir nos preços dos alimentos com benefícios para toda a população. 

“O governo federal deu para trás com a classe (dos caminhoneiros) e com a sociedade brasileira”, disse para o grupo de moradores Edelberto Gomes, que se identificou apenas como caminhoneiro do Estado de São Paulo e negou que seja algum tipo de liderança na paralisação de caminhões.

Ele elogiou a resposta dada pelo governo de São Paulo.

Segundo Gomes, o governo do Presidente Michel Temer os “obriga” a continuar nas estradas enquanto não oferece “uma coisa boa para a população brasileira”.

“Ninguém vai arredar o pé. A manifestação e a paralisação continuam pacificamente”, disse Gomes, sendo interrompido diversas vezes por gritos de “Fora Temer”. 

“O governo federal não cumpriu com a parte dele no acordo. Se ele não tem condições, nós vamos ficar aqui até ele arrumar uma solução para o povo brasileiro por tempo indeterminado”, disse.