A ciclovia entre o Centro Cívico e o Parque São Lourenço está com as obras avançadas e mesmo com máquinas em ação, ciclistas e pedestres aproveitam parte já recuperada. O trecho em manutenção será de 2,7 quilômetros, entre as ruas Brasilino Moura e Flávio Dalegrave, e destes, 40% estão sendo concluídos.

As obras incluem a recuperação do pavimento existente, além do alargamento da pista em alguns locais. A largura projetada da ciclovia é de 2,5 metros, atendendo as normas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

A recuperação é realizada com recursos da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), está orçada em R$ 1 milhão. Iniciada na primeira quinzena de janeiro e com prazo de até 120 dias para conclusão, a obra esta dentro do cronograma e deve ser concluída antes do prazo previsto.

Esta obra dá cumprimento ao que foi estabelecido no Plano Estratégico Cicloviário de Curitiba, que prevê, além da implantação de 300 novos quilômetros de vias cicláveis, a recuperação de parte da malha cicloviária já existente, que soma cerca de 127 quilômetros implantados nos últimos 30 anos, disse o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Sérgio Póvoa Pires.

O trecho da Rua Cecília Meireles, entre a Rua Brasilino Moura até o Jardinete Siegfried Rigler, no bairro São Lourenço, está praticamente concluído com alargamento e novo pavimento em quase toda extensão, faltando o recape e pequenos acabamentos em alguns pontos.

Novas calçadas e bases da ciclovia já podem ser observadas em alguns pontos. O acabamento prevê o plantio de grama nas bordas e a implantação de sinalização horizontal e vertical. Como há trechos nos quais o trânsito é compartilhado com pedestres, também será feita obra de acessibilidade para dar conforto para pessoas com deficiência, idosos, e demais pedestres.

Débora Bianco da Luz e a filha dela Caroline Bianco da Luz estão aproveitando a recuperação da ciclovia. Está ficando bom. É uma obra que trará benefícios para ciclistas e pedestres, destaca Caroline. Ela e a mãe têm o hábito de sair do bairro Ahú, onde moram, e ir pelas ciclovias até o Mercado Municipal tomar café.

É importante essa obra, assim como a melhoria em outros pontos da cidade. Mais que isso, andar de bicicleta permite um novo olhar para a cidade. Aprendi a observar as flores e árvores das praças e ver de forma mais plena a arquitetura das casas e dos prédios, disse Débora, que é aposentada e incentivou a filha para as pedaladas.

O casal Waldir e Danielle Aguirra diz que os trechos recuperados irão favorecer quem utiliza a ciclovia. É uma intervenção importante que irá atender a todos adeptos do esporte e de uma melhor qualidade de vida, ou para quem usa a via para ir ao comércios local e até mesmo trabalhar, afirmaram.

Após 40 anos sem pedalar, voltei a andar de bicicleta e acho que cada melhoria é um avanço que a cidade tem. A cada dia teremos novas pessoas utilizando a bicicleta como meio de locomoção e de lazer, diz o médico aposentado Mauro Farnocchia, de 61 anos, morador do bairro Juvevê.

José Américo, de 66 anos, é proprietário de uma loja e oficina de bicicleta a menos de 100 metros da obra e acompanha quem pedala ou caminha por lá. A obra irá facilitar o acesso para ciclistas e pedestres e ainda será uma forma de educar a população, disse Américo.