Depois de fecharem por uma hora a Rodovia do Xisto, na altura da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, o caminhoneiros iniciaram protesto na BR-116, no km 67 da Regis Bittencourt, em Quatro Barras Sul, também na Grande Curitiba. As informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), é de que o trânsito não está totalmente bloqueado. Às 14h19, havia dois quilômetros de fila na BR, segundo  PRF.

A interdição é apenas em uma faixa e o acostamento. Não há horário para liberação da pista. Os manifestantes, segundo a PRF, se comprometeram a liberar a passagem dos carros, caso ocorra muitos transtornos na rodovia. Há a promessa de que não haverá queima de pneus e de liberação dos caminhoneiros que quiserem seguir. 

Pela manhã, os caminhoneiros fecharam, por cerca de uma hora, a BR 476, também conhecida como a Rodovia do Xisto hoje ao meio-dia. O protesto foi na altura do km 150, em frente a entrada da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na Região  Metropolitana de Curitiba. Segundo, as informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a BR foi totalmente bloqueada, ameaçando o fornecimento de combustível em todo estado, uma vez que é na região que funciona o pool das distribuidoras que fornecem combustível para todas as cidades paranaenses.

A Rodovia do Xisto ou PR-5, hoje BR-476 é considerada o eixo mais importante para a economia paranaense. O trecho liga Curitiba-Lapa-São Mateus do Sul a União da Vitória (parte da rodovia estadual PR-5) onde continua em direção predominantemente oeste até Barracão na fronteira entre Argentina, Paraná e Santa Catarina.

Para a Petrobrás, a importância da rodovia está nas grandes reservas de xisto do Paraná, localizadas em São Mateus do Sul. A rodovia favorece o escoamento de toda a produção agrícola da região sul do Paraná.

Adiante de São Mateus do Sul a estrada toma o nome de “Rodovia da Madeira”, ligando todo o sudoeste paranaense e a fronteira com a Argentina com a capital Curitiba e o Porto de Paranaguá.

Protestos

Os caminhoneiros que protestam contra os aumentos nos preços do diesel e dos pedágios continuam com bloqueios em várias estradas do Paraná nesta terça-feira (24). Até as 13h51, 10 rodovias federais que fazem ligação com as cidades do interior do estado tinham pontos de bloqueio. Neste horário, outras 25 rodovias estaduais, que também ligam a capital às cidades do interior, estavam parcialmente fechadas pelos caminhoneiros.

Na segunda-feira (23), mais de 30 rodovias chegaram a ser interditadas ao longo do dia no Paraná e causaram transtorno para vários motoristas. Não há previsão para o término das manifestações, de acordo com os trabalhadores.

Na maior parte dos trechos, apenas os caminhões estão sendo impedidos de seguir viagem. Os demais veículos, como carros de passeio e de emergência, circulam normalmente pelas rodovias. Segundo a polícia, até o início da manhã desta terça não havia pontos de congestionamento.

Os caminhoneiros realizam manifestações no estado desde o dia 13 de fevereiro.  Eles reclamam do alto preço do diesel e do baixo preço do frete. Os trabalhadores também reclamam dos tributos sobre o transporte, como o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), e do alto preço do pedágio no Paraná.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) desbloqueou o km 86, da BR-163, na altura de Capanema, que estava bloqueada há um dia. Segundo, as informaçoes da PRF, o trânsito no local está normal e sem filas. Os caminhões estavam parados nos postos de combustível e somavam 50 veículos que seguiram viagem.

Confira as interdições
As rodovias federais interditadas são: BR-163, km 32, em Santo Antônio do Sudoeste, km 64, em Pérola do Oeste, e km 284, em Marechal Cândido Rondon; BR-277, km 338, em Guarapuava; BR-369, km 179, em Arapongas; BR-373, km 478, em Coronel Vivida; e BR-376, nos kms 187, 245 e 295 em Marialva, Apucarana e Mauá da Serra, respectivamente.
As estaduais: PR 323, km 36, em Sertanópolis; PR 466, km 91 e 100, em Jardim Alegre; PR 491, trevo, em Marechal Rondon; PR 317, km 467, em Santa Fé; PR 218, km 254, em Astorga; PR 170, km 381, em Guarapuava; PRC 487, km 295, em Manoel Ribas; PRC 466, km 179 e 180, em Pitanga; PRC 280, km 130, em Palmas; PR 281, km 467, em Chopinzinho; PR 182, km 459, em Realeza; PRC 158, km 528, em Vitorino; PR 493, km 32, em Itapejara do Oeste; PR 566, km 12, também Itapejara do Oeste; PRC 280, km 175, em Clevelândia; PR 281, kms 535 e 540, em Dois Vizinhos; PRC 280, km 194, em Mariópolis, km 255, em Marmeleiro; PR 471, km 222, em Nova Prata do Iguaçu; PR 562, km 85, em São João; PR 483, km 001, em Francisco Beltrão; PR 180, km 541, também em Beltrão.

As PRs 160, km 53,5, em Cornélio Procópio; PRC 280, km 130, em Palmas; PR 420, km 42, em Piên; e PR 445, km 83, em Cambé, também foram interditadas pelos caminhoneiros na segunda, mas já estavam liberadas nesta terça.

Atualizada às 12h49