O Governo do Paraná intensificou as ações de combate à dengue nas regiões Norte, Noroeste e Oeste do Estado, que concentram municípios com altos índices de infestação do mosquito transmissor da doença. A Secretaria de Estado da Saúde tem enviado equipamentos para combater a forma alada do mosquito, como UBV costais e UBV pesada (fumacê), e medicamentos para abastecer os hospitais e demais unidades de saúde para atendimento a casos da doença.

Para os municípios das regionais de Apucarana, Maringá e Londrina foram enviados 43 UBV costais. Nas regionais de Paranavaí, Jacarezinho e Francisco Beltrão já estão operando 21 fumacês. Outros 297 equipamentos costais estão disponíveis para serem distribuídos aos municípios que solicitarem.

Para Rio Bom, no Norte do Estado, foi enviado reforço de medicamentos. A cidade registrou 69 casos de dengue confirmados de agosto de 2014 até agora, o que configura situação de epidemia por apresentar uma taxa de incidência superior a 300 confirmações para cada grupo de 100 mil habitantes.

O secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, ressalta que o Paraná está sempre pronto para apoiar os municípios no combate à dengue, mas que é necessário investir prioritariamente na prevenção.

Temos visto aumento significativo da dengue em todo País e é necessário intensificar a eliminação de potenciais criadouros do mosquito transmissor da doença. Principalmente nesta época em que há grande volume de chuvas associado ao forte calor, fatores propícios para proliferação do mosquito Aedes aegypti.

CIDADES EM ALERTA – O boletim divulgado nesta terça-feira (10) pela sala de Situação da Dengue constatou que nove municípios paranaenses estão em situação de alerta para epidemia de dengue. São as cidades de Iporã, São João do Patrocínio, Iracema do Oeste, Quarto Centenário, Diamante do Norte, Amaporã, Tamboara, São Manoel do Paraná e Astorga, que registram entre 100 e 300 casos por 100 mil habitantes.

A superintendente de Vigilância em Saúde, Eliane Chomatas, ressalta que só existe proliferação se o mosquito encontrar um ambiente propício para a reprodução. Isso acontece quando há água parada e calor, comum nesta época do ano.

Quando precisamos enviar aos municípios bombas costais e fumacê para a aplicação de inseticidas, significa que falhamos na eliminação dos criadouros. Essa tarefa é cotidiana, todos devem fazer um check list em casa, quintais e ambientes de trabalho para eliminar recipientes que acumulam água, disse Eliane.

NÚMEROS – De agosto de 2014 até agora foram confirmados 1.798 casos e duas mortes por dengue em todo o Estado, sendo a grande maioria nas regiões Norte e Noroeste.

Os números foram apresentados durante a reunião ordinária do Comitê Intersetorial de Controle da Dengue, realizada nesta terça (10) em Curitiba. O evento foi transmitido por videoconferência e teve a participação de representantes de todas as regionais de saúde.

As regionais com maior número de casos de dengue são Paranavaí (651 casos), Apucarana (169 casos) e Londrina que teve um aumento significativo, passando de 282 para 390 confirmações.

Houve também aumento de registro de dengue com sinais de alarme, passando de 27 para 57 casos em relação ao último boletim epidemiológico, 34 deles em Londrina. Todos evoluíram para cura. Foram confirmados seis casos graves de dengue, dos quais quatro foram curados e dois morreram.

Dez municípios permanecem em epidemia: São João do Caiuá, Marilândia do Sul, Uraí, Itaúna do Sul, Loanda, Paranapoema, São Pedro do Paraná, Rio Bom, Jataizinho e Riacho Alegre do Oeste.

Como eliminar criadouros de dengue

– Evitar o acúmulo de lixo e entulhos

– Deixar sacolas e recipientes com lixo fechados

– Manter as caixas d’água, galões, tonéis ou tambores sempre vedados

– Remover a sujeira das calhas e ralos

– Não deixar pneus em lugares descobertos

– Deixar garrafas ou baldes com a boca para baixo

– Verificar bandejas de ar-condicionado e geladeiras mantendo-as limpas e sem água

– Colocar areia até a borda nos pratos de vasos de flores e plantas

– Manter vasos sanitários sem uso fechados

-Tratar a água de piscinas e fontes uma vez por semana

-Esticar lonas para não formar poças

– Lavar os recipientes de água dos animais uma vez por semana