PAULO PEIXOTO
BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – O nível dos reservatórios da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) que abastecem a região metropolitana de Belo Horizonte subiu no último mês, mas o risco de racionamento não foi descartado.
Nesta quinta-feira (26), as autoridades hídricas do Estado divulgaram os critérios para determinar a necessidade de se restringir a distribuição de água. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Sávio Souza Cruz, essa seria uma “medida extrema”.
A deliberação normativa, publicada no “Diário Oficial”, fornece diretrizes para definir situação crítica de escassez hídrica e de restrição de uso de água em Minas.
Baseadas em fórmulas e argumentos técnicos, as autoridades irão considerar os volumes históricos e médios do curso d’água nos rios, a capacidade dos reservatórios e a demanda por água nas regiões de cada um deles.
Os critérios ainda serão definidos, mas a norma prevê que, declarada a escassez, a água para consumo humano e animal deverá ser reduzida em 20%, para a agricultura, em 25%, e para a indústria, em 30%.
A cobrança de uma sobretaxa, para forçar a queda no consumo, deverá ser adotada a partir de maio.
CHUVAS
As chuvas de março elevaram a vazão do rio das Velhas, onde a Copasa faz captação direta para abastecer a região metropolitana de BH, e também os quatro principais reservatórios da região.
No Paraopeba, o nível da água subiu de 30,3% (em 26 de fevereiro) para 38,3% nesta quinta (26); o Rio Manso foi de 43,1% para 52,1%; o Serra Azul, de 8,8% para 14,4%; e o Vargem das Flores passou de 29,9% para 39,1%.
Somados, os níveis dos reservatórios Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores estão com apenas 55% do volume de água de um ano atrás, de acordo com dados da Copasa.