O acordo firmado entre Curitiba e Araucária, ontem, retomando linhas entre os dois municípios e, assim, reforçando a integação do transporte entre os dois municípios, pode ocorrer entre outras cidades e a Urbs, que administra o transporte na Capital. A Urbs está aberta a discutir acordos semelhantes com outros municípios de forma a colaborar com o transporte metropolitano, disse o presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Junior.

Os detalhes técnicos da operação entre Curitiba e Araucária — como frota e horários — serão definidos nos próximos dias pelas equipes técnicas da Urbs e da CMTC de Araucária. Os presidentes das duas empresas acreditam que seja possível que as duas novas linhas de Araucária comecem a operar no Pinheirinho dentro de dez dias.
O acordo firmado pelas prefeituras de Curitiba e Araucária vai atender cerca de 15 mil usuários que vão pagar só uma passagem para chegar a Curitiba e terão, no Pinheirinho, um número bem maior de opções, aí incluídos três linhas de Ligeirinho e quatro de biarticulados.
O prefeito de Araucária, Olizandro José Ferreira, disse que o acordo com Curitiba representa um momento histórico e viabiliza uma solução para o problema criado pela desintegração do transporte na cidade. Com essas duas linhas vamos atender a população da cidade que se desloca para Curitiba e que hoje tem que pagar duas passagens para vir e duas para voltar, afirmou.
Depois da desintegração financeira do sistema integrado na Grande Curitiba, também ocorreram mudanças em linhas entre Curitiba e Almirante Tamandaré, Colombo e São José dos Pinhais.

Discussão

Passe livre
A Câmara de Curitiba sediou, ontem, audiência pública em discussão ao projeto de lei que pretende implantar, na capital, o passe livre para estudantes e desempregados. Na ocasião, participaram diversos grêmios estudantis e integrantes de movimentos sociais. Para Luiz Felippe Henning, do Movimento Passe Livre, a gratuidade do transporte é uma luta travada historicamente pelos estudantes. Segundo o IBGE, os gastos de uma família com transporte giram em torno de 22% da renda familiar. Os debates devem seguir na Câmara de Curitiba.