Ensinar de forma lúdica a importância da atividade portuária para a economia da cidade, do estado e do país é o objetivo do Projeto Porto Escola – Educação para a Sustentabilidade, lançado recentemente pela a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Todas às quintas-feiras pela manhã, alunos do 5º ano do ensino básico, com idade de 10 a 12 anos, farão uma visita ao Porto de Paranaguá. O conteúdo do Projeto Porto Escola prevê temas relacionados a Cidadania (Relação Porto-Cidade); Meio Ambiente (Complexo Estuarino de Paranaguá, Paranaguá, Programas e Projetos Ambientais, Monitoramentos, Atividade Pesqueira, Dragagem, Emergência Ambiental); Saúde e Segurança Ocupacional (com ênfase em Equipamentos de Proteção Individual e de Proteção Coletiva).

Inicialmente destinado aos alunos de Paranaguá e das cinco Ilhas do município (Piaçaguera, Vila São Miguel, Amparo, Eufrasina e Teixeira), o Porto Escola será lançado, nos próximos meses, em Antonina.

Pontal Muito Mais Legal
Foi lançado no último dia 07 de maio, em Pontal do Sul, no Litoral paranaense, a campanha Pontal Muito Mais Legal. O objetivo é chamar a comunidade para discutir o modelo de desenvolvimento pretendido para a região. A campanha faz uma crítica ao desenvolvimento a qualquer custo, que culmina na geração de impactos negativos sociais, econômicos e ambientais. Por outro lado, propõe que seja discutida a implementação de ações que incrementem a economia e a qualidade de vida na geração de oportunidades de emprego para a população local.

A iniciativa édo Ministério Público Estadual, com a participação de empresas locais e o apoio de ONGs – como a Associação MarBrasil, a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e Mater Natura – e representantes da academia, estruturados a partir do Observatório de Conservação Costeira do Paraná (OC2).

Potencial
Dos 50 quilômetros de praias que o Paraná possui, quase metade (23 km) faz parte de Pontal do Paraná. No município estão distribuídos 48 balneários, que acolhem moradores e veranistas. A vocação natural de Pontal é o turismo, seja pela dimensão, pelas boas -condições de sua orla ou pelas belezas naturais. Além do turismo, a região vive da pesca e do comércio.

Ciclovias custam menos de 1% do valor de uma estrada
A fundação norte-americana Bicycle Coalition elaborou uma pesquisa que mostra quanto custa para as cidades criarem mais espaços restritos para pedestres e ciclistas, comparando-os com os valores de estruturas para outros meios de transporte. O resultado mostra que calçadas e ciclovias possuem custos de implantação ínfimos, em relação às estradas, linhas de trem, metrô e pontes. A pesquisa foi feita para a cidade de São Francisco, na Califórnia, mas mesmo que os números possam variar de acordo com a localidade, a média de gastos pode ser aplicada em qualquer cidade. Segundo a Bicycle Coalition, uma milha de ciclovia, que equivale a aproximadamente 1,6 km, custa US$ 445 mil, enquanto a mesma milha em estradas pode custar até US$ 571 milhões. Os números ficam ainda maiores com os outros sistemas. O metrô pode custar um bilhão de dólares por milha e uma ponte chega a US$ 2 bilhões.

Os dados foram transformados em gráfico pela fundação PeopleForBikes e podem ser conferidos pelo site http://www.peopleforbikes.org/blog/entry/no-protected-bike-lanes-are-not-too-expensive-chart

MMA anuncia 20 milhões para Mata Atlântica
A vegetação nativa brasileira entrará em processo de restauração. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, anunciaram na última semana, no Rio de Janeiro, financiamento de R$ 20 milhões para projetos de recuperação da Mata Atlântica, reduzida atualmente a cerca de 22% da cobertura original.

A quem se destina o projeto
A primeira fase do programa será voltada para a restauração de áreas de 200 a 400 hectares, não necessariamente contíguas, de Mata Atlântica. Não reembolsáveis, os recursos são provenientes do Fundo Social do BNDES, formado por parte dos lucros da instituição bancária. As propostas podem ser enviadas até 3 de julho e devem seguir as orientações dispostas no site do BNDES. Podem ser apoiados projetos em unidades de conservação de domínio público; em áreas de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) constituídas voluntariamente; em áreas de Reserva Legal em assentamentos de reforma agrária e em territórios quilombolas; em terras indígenas reconhecidas pelo poder público e em Áreas de Preservação Permanente (APP). Entre os itens financiáveis, estão a aquisição de sementes, mudas, insumos, máquinas e equipamentos, cercas, viveiros de espécies nativas, mão de obra, pesquisas, estudos e serviços técnicos para a execução, manutenção e monitoramento da restauração, entre outros.

Ceres Battistelli, jornalista especializada em meio ambiente