Os bolos e doces caseiros, que lembram os cheiros que rementem à infância na casa dos avós, estão na moda. A Cheiro de Bolo há três anos funciona no bairro Hugo Lange, perto da linha do trem. A casa foi uma das primeiras a trabalhar com a oferta de bolos simples — aqueles sem recheio e cobertura ideais para serem consumidos no lanche da tarde — em Curitiba.

O sucesso foi tanto que já virou franquia, em 2014, e chegou a São Paulo. Quando abrimos a nossa loja, tivemos de criar um espaço e implantar a cultura do bolo caseiro, explica Marivanda Folle, sócia-proprietária da Cheiro de Bolo. E hoje vendemos mais que bolos, diz. As pessoas chegam à loja e sempre dizem que o cheiro do bolo recém-saído do forno lembra a casa da avó ou da infância na casa da mãe.

Atualmente a rede tem lojas próprias e outras franqueadas em Curitiba, Campo Largo (Região Metropolitana de Curitiba) e no Litoral, no Balneário Ipanema. Mari conta que a loja aberta em São Paulo, no bairro Moema, está dando um resultado muito bom, tanto que em breve, uma nova loja estará sendo aberta em São Bernardo do Campo, na região do ABC Paulista. Mari conta que, como  a ideia é trabalhar com o conceito de bolos caseiros, há sempre o cuidado de escolher ingredientes frescos e de nunca usar essências ou conservantes nos bolos.

Por isso, quando nasce uma nova loja franqueada, a filha de Mari, Fernanda, que é nutricionista, ensina como deve ser o processo de fabricação dos bolos. Todos os dias eu faço bolos novos que, por não terem conservantes, têm uma durabilidade de cerca de quatro dias, conta. Mari revela que vem de uma família de italianos, onde os bolos caseiros sempre estiveram presentes. Ela conta que foi daí que veio a ideia de montar a loja de bolos caseiros, assim como várias das receitas de bolos que são vendidos a partir de R$ 10.

A Cheiro de Bolo trabalha com 18 sabores. Na linha tradicional há o de cenoura, chocolate, cuca, formigueiro, fubá, goiabada, laranja, limão, mármore e quiejo. Também há opções de banana com passas, integral (maçã e castanha), milho, toalha felpuda, abacaxi caramelado, banana caramelada e o misto caramelado com banana e abacaxi.

Mari conta que não trabalha com bolos recheados ou glacês. O meu bolo é aquele bem tradicional, com furo no meio, conta. Nos bolos de chocolate ou cenoura eu até coloco cobertura de chocolate branco ou de brigadeiro, mas na hora e só se o cliente pedir.

Como a produção é diária e há uma boa demanda, Mari alerta que é sempre bom encomendar. Segundo ela, quem deixar para comprar um bolo de milho, por exemplo, no final do dia pode não encontrar mais. Para garantir o sabor desejado, o ideal é reservar com antecedência de um dia ou no, máximo, pela manhã.

SERVIÇO:
Cheiro de Bolo
Hugo Lange – Rua Augusto Stresser, 1.808 – Fone: 3095-7755
Ahú / São Lourenço – Rua Anita Garibaldi, 2698 – Fone: 41 3354-9797
Alto Boqueirão – Rua Eduardo Pinto da Rocha, 2764 – Fone: 41 3107-2171
Hauer – Rua Marechal Floriano, 5421 – Fone: 41 3015-0208
Portão – R. Carlos Dietzsch, 241 – Fone: 41 3532-0611

FADA DAS MADELEINES E BISCOITOS DE LAVANDA
A Fada Formiga Doçaria Artesanal, no Juvevê, também trabalha com encomendas e com produtos que remetem à infância, além das famosas madeleines. Feitas de água de lavanda, as bolachas artesanais ganharam fama mundial com o escritor francês Marcel Proust, autor da obra Em busca do tempo Perdido, formado por sete volumes em que o autor relata as memórias afetivas evocadas no primeiro livro, O Caminho de Swann, por uma madeleine e uma xícara de chá.

Elizabeth  Cristina Adamowicz, uma das proprietárias da casa, divide o prazer de preparar madeleines, bolos de fubá, mármore, formigueiro, de lavanda recheados com geléia de amora, chessecake, empadas, muffins doces e salgados com a atividade acadêmica. A ideia de trabalhar com a memória afetiva que o doce provoca é expressa por todo o espaço Fada Formiga, que  funciona contíguo ao Ateliê Mime, especializado na organização de chás. A louça é toda colorida e rendada. O armário que uso para colocar os bolos dos dia era da minha avó, conta Elizabeth.

Apesar da variedade do cardápio, Elizabeth afirma que costuma trabalhar com um bolo do dia, cujo sabor costuma variar sempre, e também de acordo com a oferta de frutas da estação, usada no preparo dos recheios. O único que tenho sempre, porque é muito pedido, é o de fubá, que não pode faltar mesmo. conta ela.

Criada há três anos e meio, a Fada Formiga funciona como uma casa de chá, aberta de segunda a sábado, das 12 às 19 horas, e aos domingos, das 14 às 18 horas, no encontro das ruas Machado de Assis com a Paraguassu, no Juvevê.

Elizabeth conta que a Fada Formiga começou com o preparo de doces e bolos para amigos. Foi com a abertura do Café Babet, da Aliança Francesa,  que comeceu a trabalhar com a produção de doces comercialmente, relata. Ai quando fechou, eu e minha irmã resolvemos abrir a Fada.

SERVIÇO:
Fada Formiga Doçaria Artesanal
Rua Machado de Assis, 526  Fone: (41) 3527-2260