A Força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal propôs nova denúncia contra o ex-deputado André Vargas, seu irmão Leon Vargas, e sua esposa Eidilaira Soares, por lavagem de dinheiro (ocultação de bens). Na nova acusação, o MPF afirma que Vargas, com o objetivo de lavar parte do dinheiro gerado pelos seus crimes e não despertar a atenção das autoridades, adquiriu um imóvel de luxo em Londrina pelo seu valor de mercado (valor real), contudo registrou no contrato, na escritura pública e na declaração de imposto de renda um valor (nominal) bastante inferior ao preço real de aquisição, pagando a diferença por fora.

Ocultação
Para isto, Vargas contou com a ajuda do irmão, Leon – que negociou o valor com a imobiliária -, e sua companheira Eidilaira, que emprestou seu nome para a aquisição do bem. De acordo com a denúncia, Eidilaira assinou compromisso de compra do imóvel no valor de R$ 500 mil (uma entrada de R$ 20 mil seguida de uma parcela de pouco mais de R$ 303,5 mil e um financiamento dos R$ 176,5 mil restantes). No entanto, o vendedor do bem afirmou que o imóvel foi vendido, na realidade, por R$ 980 mil. Ou seja, ocultaram o valor de R$ 480 mil.

Tratoraço na Fiep
O atual presidente da Federação das Indústrias do Paraná criou um bolsa-família para os sindicatos da indústria, uma espécie de mesada. A medida é para evitar apoio aos opositores da administração e garantir a reeleição. Os afiliados de menor porte estariam ganhando mensalmente valores de R$2 mil a R$10 mil para apoiar a atual gestão. Campagnolo já havia atropelado outros princípios quando rompeu com o compromisso de acabar com a reeleição e se lançou novamente candidato. O prazo para inscrição de chapas termina na segunda-feira (29).

Repúdio
O deputado Felipe Francischini (SD) apresentou, ontem requerimento solicitando moção de repúdio contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Segundo o deputado, a moção deve-se a prática de atos antidemocráticos e pela recusa em fornecer necessários meios de segurança a representantes da República Federativa do Brasil que se encontravam em missão humanitária naquele país. A proposta seria uma reação à hostilização de uma comitiva de senadores, que na semana passada foi à Venezuela para conferir a situação de supostos presos políticos no país vizinho.

Diárias frias
Sete ex-vereadores de Pontal do Paraná (Litoral do Estado) terão que devolver os R$ 795.253,50 que receberam nos anos de 2007 e 2008 por meio de diárias de viagem fraudadas. O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE) comprovou que os vereadores receberam esse dinheiro pela participação em cursos inexistentes ou cancelados, em finais de semana, feriados e dias em que, comprovadamente, participaram de sessão da Câmara.

Devolução
Além da devolução do dinheiro – que deverá ser atualizado com juros e correção monetária – o grupo deverá pagar 12 multas, cujo valor total soma R$ 84.719,96. Entre os que terão que devolver dinheiro estão o presidente da Câmara na época, Alexandre Guimarães Pereira, – que segundo o TCE recebeu R$ 85.904,50 em diárias fraudadas; Márcio Luiz Gonçalves Kammers, primeiro-secretário (R$ 105.463,50); Arlindo Serafim do Nascimento (R$ 19.650,00); João de Souza Mota (R$ 18.931,00); Odair Serafim do Nascimento (R$ 24.914,00); Sebastião Ribeiro da Silva (R$ 14.407,00) e Valdevino Simões Périco (R$ 45.461,00). Por serem os ordenadores das despesas ilegais, os então presidente e primeiro-secretário foram condenados a devolver também, de maneira solidária, os R$ 436.572,50 que supostamente teriam sido pagos a funcionários da Câmara para a participação em eventos. Ambos ainda terão que devolver os R$ 43.950,00 desembolsados pela Câmara a pretexto de pagamento de taxa de inscrição nos cursos inexistentes ou cancelados.