A discussão sobre o décimo-terceiro salário já foi motivo de intensa polêmica entre os vereadores curitibanos. Em maio, o vereador Chico do Uberaba (PMN) reclamou publicamente em discurso no plenário da Casa, que os parlamentares da Capital pagam para trabalhar, e cobrou ação da cúpula da Casa pelo benefício.
Olhem só o que um vereador de Curitiba tem: um carro, 200 de gasolina e um selinho. Nada mais. Não tem verba de gabinete, não tem verba de nada. Então, aonde que esta Casa está pecando? A infraestrutura para um bom andamento de um vereador, disse ele na ocasião. Nós pagamos tudo. Estamos pagando para ser vereador hoje. É lamentável a forma que está sendo feito. Sobre o 13º ninguém fala nada. O Senado recebe, a Câmara Federal, a Assembleia, os nossos funcionários recebem (…), só os vereadores que não, afirmou Uberaba, que dias depois, diante da repercussão do caso, afirmou ter sido mal-interpretado.
Além do salário, cada vereador curitibano tem direito a selos para correspondência, sete funcionários e dois estagiários, e carro com 200 litros de gasolina mensais.
Em agosto, uma manifestação organizada pelas redes sociais pediu a redução dos salários dos vereadores da Capital de R$ 15 mil para R$ 1,5 mil mensais. O movimento foi inspirado em mobilizações em cidades do interior do Estado, como Santo Antonio da Platina (Norte Pioneiro), que conseguiram não só barrar aumento de salários dos vereadores, como também reduzir os vencimentos dos parlamentares. Na ocasião, os vereadores reagiram alegando que a redução implicaria em uma elitização da atividade política.