SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o senador Lobão (PMDB-MA), não quis comentar a menção ao nome do seu cliente pelos executivos da Andrade Gutierrez que acertaram um acordo de delação nesta sexta-feira (27).
Lobão foi ministro as Minas e Energia nos governos de Lula e de Dilma Rousseff e foi acusado por vários delatores da Operação Lava Jato de ter recebido suborno nas obras de Belo Monte e da usina nuclear Angra 3, todas subordinadas ao ministério que ele comandou em dois governos.
Lobão deixou o cargo ao final do primeiro mandato de Dilma, em dezembro do ano passado, quando seu nome já havia sido mencionado por delatores da Operação Lava Jato como beneficiário de suborno em obras públicas.
Ex-executivos da Camargo Corrêa, por exemplo, citaram que ele recebeu propina em Angra 3 e em Belo Monte.
O advogado de Lobão tem sido um dos mais ferrenhos críticos da Lava Jato: ele critica o que chama de espetacularização da Justiça, comandada pelo juiz federal Sergio Moro, na visão dele, e os acordos de delação.
A assessoria do ex-governador Sérgio Cabral também não quis se manifestar.