Um boletim liberado pelo Centro de Controle Operacional (CCO) da Urbs , no meio desta manhã de terça-feira, 12, mostra que às 10h30. as empresas operadoras Mercês, Expresso Azul e Santo Antonio operavam com 100% da frota. A empresa Almirante Tamandaré, que operava com 50% no início da manhã, estava com 25% de operação. A empresa Marechal opera com 30% da frota desde o início da manhã.

As demais não têm nenhum carro circulando, descumprindo determinação judicial de frota mínima, que previa 50% das 5 às 9 horas e das 17 às 20 horas, e 30% no restante. A Urbs está entrando com um pedido na Justiça para cumprimento do acordo.

A Urbs também reafirma que está em dia com o pagamento às empresas, que nesta segunda-feira (11) repassou mais R$ 1,4 milhão, e estranha o não pagamento dos salários dos funcionários. Motoristas e cobradores das empresas metropolitanas receberam em dia.

A paralisação de motoristas e cobradores, deflagrada a zero hora desta terça-feira, 12, atinge a 395 linhas de ônibus que atuam na Capital e pegou muita gente de surpresa. As linhas afetadas são São José Filial, CCD, Tamandaré Filial, Cidade sorriso, Glória, Marechal Filial, Redentor, Araucária Matriz e Filial e Marechal Matriz. São cerca de 7 mil trabalhadores que estão parados. 

Segundo o Sindicato de Motoristas e Cobradores de Ônibus (Sindimoc), são 700 linhas que atuam em Curitiba e Região Metropolitana. Das linha paradas, apenas três que atendem a Capital estão rodando, as demais estão paradas afetando mais de dois milhões de usuários, que dependem dos 1.945 ônibus das linhas da Rede Integrada de Transporte entre a capital e Região Metropolitana paralisadas. 

O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) informou que até o início da manhã não havia previsão para a regularização dos pagamentos. No entanto, a empresa ressaltou que isso deveria ocorrer o mais breve possível.

A Prefeitura de Curitiba informa que a operação do transporte coletivo é parcial e que a Urbs, empresa que gerencia o serviço, está entrando na Justiça para que sejam cumpridos os percentuais de frota mínima de 50% no horário de pico e 30% nos demais horários.

Esta é a segunda greve da categoria em pouco mais de um mês. Segundo o sindicato que representa os trabalhadores, nove empresas atrasaram os salários de dezembro dos funcionários.

Segundo o Sindimoc, apenas três de 11 empresas haviam pago os salários até o final da tarde de segunda-feira (11).

O salário deveria ter sido pago até o final da semana passada. O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) reconhece que o pagamento não foi feito pelas oito empresas e justifica que a atual tarifa técnica paga pela Urbs, de R$ 3,27, é insuficiente para cobrir os custos do serviço, comprometendo os pagamentos dos salários dos trabalhadores.

O Sindimoc, contudo, adiantou ontem que manteria o transporte parcialmente, hoje. Durante os horários normais circularão cerca de 30% da frota. Nos horários de pico serão 50% em trânsito — das 05h30 às 9h30 e das 16h45 às 19h30. Segundo acordo feito durante reunião realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no final do ano passado, há previsão de multa caso o Sindimoc não cumpra o acordo de frota mínima. O sindicato patronal também tem multa a ser paga em caso de atraso no pagamento dos salários.

A Prefeitura informou no final da tarde desta segunda-feira, que não iria autorizar o funcionamento do transporte alternativo, como vans e carros particualres, mas que tinha esperança de que a greve não durasse. A Urbs fez um adiantamento de repasse para as empresas para tentar evitar a greve.

Boletim da Urbs

Apenas uma linha de expresso opera normalmente:

Santa Cândida – Capão Raso – 0%

Pinheirinho – Rui Barbosa – 0%

Pinheirinho – Carlos Gomes – 0%

Boqueirão – 0%

Ligeirinho Boqueirão – 0%

Circular Sul – 1 operando em sentindo anti-horário

Pinhais – Rui Barbosa – opera 100%

Atualizada às 10h58