Curitiba tem um custo de R$ 8.090,81 para cada estudante da rede municipal de ensino. O dado está em um relatório do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), divulgado ontem. Mas o estudo preliminar do Tribunal, que embasa o Plano Anual de Fiscalização (PAF) 2016, compara gastos com o desempenho da educação e conclui que alto investimento nem sempre é garantia de boa qualidade no ensino. Curitiba, por exemplo, embora apresente um bom investimento por estudante, figura apenas na 28ª posição no Índice de Educação criado pelo TCE.

O município paranaense mais bem colocado no estudo foi Bom Jesus do Sul (índice geral de 0,984), seguido de Ourizona (0,956) e Chopinzinho (0,917). Dos municípios mais populosos do Estado, apenas Maringá (0,894) figura na lista dos dez mais bem posicionados no ranking. Os municípios com pior desempenho no índice de eficácia foram Guaraqueçaba (última posição na lista das 399 administrações municipais, com índice 0,446), Inácio Martins (0,465) e Doutor Ulysses (0,480). O índice de Curitiba é 0,854.

Já o índice de eficiência que compara o índice de eficácia municipal com a despesa corrente liquidada por aluno em 2014 mostra que no ranking da eficiência da despesa, a liderança coube ao município de Paraíso do Norte (índice 1,000), seguido por Ivaiporã (0,952) e Sarandi (0,933). Nas três últimas posições ficaram Porto Barreiro (0,332), Guaporema (0,319) e Itaipulândia (0,314). A Capital ficou com índice de 0,515.

Com a maior despesa por aluno em 2014 entre os 388 avaliados (R$ 11.834,93), esse município da região Oeste obteve, contraditoriamente, o menor índice de eficiência do gasto. Atingiu, em média, apenas 76,1% das metas.