Irmão do senador Roberto Requião, o ex-secretário da Educação, Maurício Requião (PMDB), deve perder nos próximos dias o cargo de conselheiro da Itaipu Binacional. Maurício foi nomeado pela presidente afastada Dilma Rousseff (PT), em troca do apoio do peemedebista no Congresso. Requião votou contra a abertura de processo de impeachment de Dilma, o que torna seu irmão um dos alvos do governo do presidente interino, Michel Temer.

Vaga
Há quem diga que apesar de ter se posicionado contra a abertura do impeachment, Requião vai votar favoravelmente à cassação definitiva do mandato da petista, na conclusão do processo no Senado. Tudo para salvar o cargo do irmão em Itaipu, que garante R$ 25 mil por mês ao seu ocupante, além das despesas de viagens, hospedagem e alimentação para uma reunião mensal na sede em Foz do Iguaçu.

Lava Jato
O senador Requião, aliás, recebeu R$ 1,2 milhão da campanha de Temer para a vice-presidência, que por sua vez foi irrigada com R$ 4,7 milhões de duas empreiteiras envolvidas no escândalo da Operação Lava Jato: OAS e Andrade Gutierrez. Ao todo, a campanha do vice-presidente repassou R$ 16,5 milhões a 76 candidatos a vários cargos e a oito diretórios regionais do PMDB. A assessoria do presidente interino diz que as doações foram legais e registradas.

Reformas
O senador Alvaro Dias (PV) considera que a crise política deveria servir de impulso para as reformas que o País precisam, mas vem sendo sistematicamente adiadas por falta de interesse de quem está no poder. Mais do que exigir a substituição de um presidente por outro, os brasileiros exigem mudanças radicais, ruptura com esse sistema de governança que se esgotou, avalia o líder do PV. A reforma do Pacto Federativo, por exemplo, do sistema tributário, reforma política, previdenciária, penitenciária, administrativa, da educação, são bandeiras de reforma hasteadas por diversos grupos políticos e governos, mas que não são, de fato, levadas a cabo, criticou ele.

Manobra
A bancada de oposição na Assembleia Legislativa apresentou um pacote de 12 emendas ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do governo para 2017. A principal reduz de 15% para 5% o limite para abertura de créditos adicionais, que são despesas que não estão previamente computadas no orçamento. Ao aumentar o limite para a abertura de créditos adicionais o governo quer a permissão para gastar mais recursos públicos da forma como bem entender, sem que seja necessária a aprovação dos deputados estaduais, diminuindo a importância e as prerrogativas constitucionais do Legislativo, diz o líder oposicionista, deputado Requião Filho (PMDB).

Superávit
Em outra proposta, a oposição defende que o Executivo fique impedido de destinar para o Caixa Único recursos provenientes do superávit financeiro das estatais, autarquias e fundações. Com esta emenda, o governo não poderá embolsar o dinheiro que as universidades estaduais arrecadam por conta própria, como no caso das taxas dos vestibulares, afirma o peemedebista.

Enem
A TV Assembleia volta a transmitir, em junho, aulas preparatórias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). transmissão do curso acontece em função de uma parceria, iniciada ainda no ano passado, entre o Poder Legislativo e o Instituto Federal do Paraná (IFPR). Em 2015, mais de 10 mil alunos se inscreveram no programa Eureka e tiveram acesso ao curso. Na ocasião, a TV Assembleia transmitiu, em 19 semanas, 364 aulas preparatórias para o Enem e concursos vestibulares nas áreas de Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Matemática e Linguagens.