Diante do turbilhão causado pelo pedido de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), o senador Romero Jucá (PMDB/RR), o ex-presidente José Sarney (PMDB/MA) e o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), o senador Alvaro Dias (PV) defendeu ontem a renúncia coletiva de todos os integrantes do governo federal e do Congresso, como saída para a crise política. Nós estamos diante de uma tragédia política histórica sem precedentes. Deveríamos estar discutindo as alternativas, entre elas, talvez, aquela que mais agradasse a população brasileira: a renúncia coletiva de todos os eleitos para a convocação de eleições gerais no país. Mas até essa sugestão acaba sem credibilidade porque, certamente, os brasileiros sabem que muitos não renunciariam, admitiu o líder do PV.

Heresia
Quem pareceu se divertir com a situação foi o senador Roberto Requião (PMDB), companheiro de partido dos peemedebistas alvo do pedido de prisão da Procuradoria Geral da República. Sei lá, mas no Brasil pedir a preventiva do Sarney é mais ou menos a mesma coisa que chutar a santa. Heresia, ironizou ele pelo twitter.

Direito
O presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB) voltou a defender, ontem, o aumento dos salários dos deputados estaduais, caso o Congresso reajuste os vencimentos dos deputados federais. Salário é direito, afirmou Traiano. Houve parlamentar que diante da declaração, lembrou que o tucano não teve a mesma opinião quando comandou, no ano passado, o parcelamento da reposição salarial dos servidores públicos estaduais.

Quórum
A sessão de ontem da Assembleia só não caiu por falta de quórum porque a Mesa Executiva acionou insistentemente a campainha para chamar os parlamentares para o plenário. Às 15h10, quando foi iniciada a chamada ordem do dia – discussão e votação dos projetos em pauta – apenas 22 dos 54 deputados tinham registrado presença no painel. Pelo regimento interno da Casa, as votações só podem ocorrer com pelo menos 28 presentes.

Saúde
Em audiência pública de prestação de contas do primeiro quadrimestre na Assembleia, o secretário da Saúde, Michele Caputo, informou que o Estado investiu 10,98% das receitas correntes líquidas em despesas da área da saúde entre janeiro em abril deste ano. Isso equivale a quase R$ 1,4 bilhão . Do montante, R$ 1 bilhão refere-se a recursos próprios do tesouro estadual e R$ 392 milhões são provenientes de outras fontes, afirmou. Em quatro meses já executamos 35,5% do nosso orçamento previsto para o ano todo, disse o secretário.

Mãe paranaense
O líder da bancada do PMDB, deputado Nereu Moura, questionou o fato de que apenas 5% do orçamento do programa Mãe Paranaense foi executado até agora. Caputo alegou que o porcentual não inclui ações de outras áreas que também atende às gestantes, mães e recém-nascidos. E que até o final do ano, todo o orçamento da área será executado.

Pedágio
O deputado federal Fernando Giacobo (PR) entrou com um pedido no Ministério dos Transportes para que a administração e exploração de cerca de 2.500 km de rodovias no Paraná pedagiadas sejam devolvidos para União. Os convênios com o Estado tem prazo de 25 anos e se encerrariam em 2021.Os constantes reajustes e a falta de execução de alguns serviços importantes causam transtornos ao governo do estado e à sociedade, alegou.