Uma gigantesca tragédia que despedaçou os sonhos e a vida de 71 pessoas no fatídico voo rumo a Medellín. A dor — e o respeito aos familiares e amigos das vítimas — me fez escrever de um jeito diferente essa coluna no Bem Paraná.
Oro a Deus para que traga forças aos familiares das vítimas e ensinamentos a nós, pois a vida precisa estar acima de todas as coisas. A solidariedade é um caminho iluminado por Deus. Que Ele receba da braços abertos aqueles que nos deixaram e lá nos Céus batam uma bolinha, todos juntos, pois o futebol os uniu um dia aqui na Terra.
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Da última rodada do Brasileirão espero que surjam aprendizados de mais um ano de sofrimento, irritação e tensão aos fieis torcedores do Coritiba. Não espero que as lideranças do Clube mudem radicalmente seus comportamentos. Espero, sim, que ano que vem os torcedores e sócios mudem radicalmente o seu comportamento e exijam um Coritiba Foot Ball Club mais forte e competente a partir de janeiro de 2018 (sim, 2018, com um novo grupo liderando o Coxa)..
Coritiba, a Torcida que nunca abandona!

Luiz Carlos Betenheuser Jr | [email protected]


Sentimento
Era pra ser uma rodada em que iríamos ver quem seriam os representantes brasileiros na Libertadores e quem iria ser rebaixado. Ficamos com um sentimento de tristeza e com uma comoção mundial pelo que ocorreu com o avião que transportava time e comissão técnica da Chapecoense, além de tantos outros. Teremos uma última rodada do Campeonato Brasileiro, mas sem a mesma maestria. O que ocorreu chocou a todos, e com isso vemos que não é somente um jogo, é muito mais que isso. Espero que o Furacão consiga esta vaga para a Libertadores, mas o futebol neste ano perdeu o brilho. Quem sabe com essa tragédia o futebol brasileiro tome outros rumos!
Um Ultra abraço!

Gabriel Barbosa | [email protected]


Todos por um
Episódios como as tragédias aéreas que ocorreram século passado com Torino ou Manchester (para ilustrar) sempre despertaram respeito, seja pela lembrança das vítimas ou pelo alento aos familiares e torcedores. No entanto, jamais entendi como algo tão distante seguia repercutindo. Tive a felicidade de saber que narraria uma final continental! A derradeira partida entre duas equipes que conhecia e simpatizava. A alegria desse momento foi indescritível! Eis que então veio a notícia do terrível acidente com a Chape.
No meio de tanta tristeza, o elemento humano entrou em ação surpreendendo até os mais descrentes. Passamos a praticar a empatia e nisso, surgiram duas equipes mundialmente queridas: A Chapecoense e o Atlético Nacional de Medellín.
O atual campeão da Libertadores não apenas solicitou que a Chape fosse declarada campeã, mas seus torcedores, a população de Medellín e da Colômbia deram uma aula de humanidade, solidariedade e força. Num momento em que os brasileiros se separam por orientações filosóficas oportunistas na defesa de uma ou outra corja de bandidos, os colombianos deixaram seu cotidiano para abraçar Chapecó e o Brasil.
Jamais foi vista a prática da empatia com tanta desenvoltura! Lamentável apenas que precisa ocorrer um evento desses para tal. Ficaram então algumas perguntas: por que nossas diferenças são vistas como maiores do que aquilo que nos une? Por que as torcidas têm que ter ânimo bélico entre si? Por que cidadãos do mesmo país precisam defender cores de ideologias acima daquelas da sua bandeira? Por que o respeito ao outro não é uma máxima?
A Chapecó e a Medellín, à Chapecoense e ao Atlético Nacional, às vítimas, esportistas, comissão e jornalistas, ficam o respeito e o carinho. Força e obrigado, Chape!
Força Tricolor

David Formiga | [email protected]