Passadas as festas de fim de ano, muitas pessoas começam a por em prática as resoluções de ano novo. Em geral, esta época é marcada pela reflexão e o desejo de mudar de hábitos, principalmente em virtude da saúde e da boa forma. E a tendência na busca de uma boa forma é dieta desintoxicante. E em meio a tantas receitas ditas milagrosas, a escolha deve ser de acordo com os sinais que seu corpo manda.

A sensação de cansaço, stress e falta de energia podem parecer apenas reflexo de um ano cheio de tarefas, contudo, o excesso de impurezas vindas da alimentação, da poluição e até mesmo do uso de medicamentos podem estar por trás desses e de outros sintomas. Quando substâncias nocivas encontram-se acima do normal no organismo, seu acúmulo pode gerar incômodos como prisão de ventre, inchaço, problemas de pele e, inclusive, dificuldade em perder peso.

O corpo humano conta com um sistema capaz de identificar o que é nocivo ou irrelevante ao organismo e então eliminar essas substâncias através das fezes, urina, bílis, suor e outros fluídos. Contudo, para que os este processo, também conhecido como detoxificação, funcione de forma eficaz é preciso que o organismo esteja devidamente saudável e nutrido. Infelizmente, nos dias atuais, é cada vez mais comum o consumo de alimentos que fazem justamente o contrário: sobrecarregam o organismo e causam o acúmulo de impurezas.

De acordo com a nutricionista Sinara Menezes, a dieta desequilibrada, com baixo consumo de alimentos naturais e um excesso de processados, açúcares e gorduras propicia essa retenção: Alimentos como fast foods, guloseimas e industrializados são ricos em corantes e conservantes, substâncias que podem se acumular no organismo e causar uma série de inflamações. A profissional da Nature Center explica o porquê Além de carregarem toxinas para o organismo, são de baixo valor nutricional, portanto, não colaboram para o processo natural de detoxificação, que depende de diversos nutrientes.

GRÁVIDAS DEVEM EVITAR MÉTODO
A nutricionista Sinara Meneze ponta que a própria alimentação pode ser uma das maneiras mais eficazes de combater o problema: com uma dieta detoxificante, também conhecida como dieta detox, é possível fornecer ao corpo os nutrientes necessários para excreção de toxinas.

Apesar de benéfica e nutritiva, a dieta detox não pode ser seguida deliberadamente: por ser restritiva e influenciar sob tudo o que ingerimos, deve ser acompanhada por um médico ou nutricionista. Justamente por essa razão, não é recomendada para pessoas que fazem uso de medicamentos, gestantes e lactantes.

Outro ponto importante é que ela não é uma dieta ordinária, mas sim, uma terapia funcional, que deve ser adotada ocasionalmente, em períodos específicos. Dessa forma, mesmo para aqueles que desejam apostar na dieta detox para uma reeducação alimentar, a orientação de um profissional também é indispensável: somente ele poderá indicar o tempo adequado e um cardápio rico em alimentos detoxificantes, sem comprometer a oferta nutricional.

Conforme explica a nutricionista, a dieta detoxificante tradicional deve ser aplicada em casos específicos, pois pode ser bastante restritiva. Porém, incluir alguns alimentos próprios dessa dieta no cardápio pode dar uma força extra para melhorar o processo de excreção de impurezas e ajudar a eliminar os excessos do final de ano.

Bastante conhecido, o termo ficou popular entre as dietas de emagrecimento. Contudo, este não é seu principal objetivo, e sim, uma consequência. Como o acúmulo de toxinas gera constipação, inchaço, retenção de líquidos e outros processos inflamatórios, é natural que ao expulsar essas substâncias nocivas do organismo, o metabolismo passe a trabalhar melhor e a redução de medidas aconteça.

A dieta ganhou, inclusive, diversas versões, desde as mais restritivas às mais light, podendo ser mais ou menos permissiva conforme o perfil e necessidade do indivíduo. Porém, para permanecer fiel ao seu propósito, alguns itens devem ser categoricamente evitados durante o período: alimentos gordurosos ou ricos em açúcar, industrializados, frios e embutidos; refrigerantes, bebida alcoólica, cigarro, entre outros. Dependendo do objetivo, a dieta também pode restringir ou minimizar o consumo de sal, carne vermelha, farinha branca, glúten e lactose.

No geral, a dieta detoxificante se resume, principalmente, à comida de verdade, ou seja, alimentos naturais.


ALIMENTOS DESINTOXICANTES

Couve
Altamente nutritiva, as folhas desse vegetal são ricas em vitaminas A, do complexo B e vitamina C. Rica também em sais minerais, a couve possui concentração equilibrada de cálcio e magnésio. É uma ótima fonte de fibras, auxiliando no processo digestivo e beneficiando a mucosa estomacal. É um dos principais alimentos detox, porém também podemos destacar outros vegetais brássicos como o brócolis, repolho, couve-flor, couve de Bruxelas, rabanete e nabo.

Frutas cítricas
Frutas como a laranja possuem grande poder antioxidante e alta concentração de vitamina C. Graças a essas propriedades, aceleram a excreção de toxinas e impurezas do organismo. Além disso, são de fácil inclusão na dieta, podendo compor sucos funcionais. Frutas como o limão, laranja e abacaxi tem poder diurético, anti-inflamatório e beneficiam o processo digestivo, auxiliando no combate ao inchaço

Arroz integral
Rico em fibras insolúveis, este alimento auxilia na eliminação de toxinas durante o trânsito intestinal. Também é um cereal bastante nutritivo É rico em sais minerais como potássio, cálcio, ferro e uma ótima fonte de vitaminas do complexo B

Líquidos
Beber água é fundamental para que o corpo consiga eliminar as toxinas. Este é um dos componentes mais importantes no processo detoxificante, presente em praticamente todos os excrementos. Se o corpo está desidratado o trabalho dos rins é prejudicado; urina, suor e demais formas de expulsar as impurezas também ficam minimizados. Além da água, o chá verde e a água de coco podem ajudar nesse aporte, inclusive, como ingredientes de um suco detox. Hidratar-se bem é essencial