A inflação oficial de Curitiba, em 2016, foi a menor do país e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 4,43%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica (IBGE) e foram divulgados nesta quarta-feira, 11. O índice de Curitiba ficou abaixo da média nacional, medida em 6,29% e bem abaixo do patamar registrado em 2015, de 12,58%, quando apresentou a maior alta de preços entre as capitais pesquisadas pelo IBGE. Em dezembro o IPCA na capital paranaense ficou em 0,14%, superando os 0,16% de novembro. 

Segundo análise do IBGE, o índice mais baixo de Curitiba é resultado das contas de energia elétrica que ficaram 21,53% mais baratas, refletindo a redução, em 24 de junho, de 13,83% nas tarifas, aliada a reduções no PIS/COFINS durante o ano, além do retorno à bandeira verde. Curitiba havia tido a variação mais elevada de 2015 (12,58%), devido ao impacto do reajuste de 50% nas alíquotas do ICMS sobre vários itens, com vigência desde o dia 01 de abril daquele ano.

A principal contribuição para conter a taxa do IPCA acumulado no ano veio da energia elétrica (variação de -10,66% e impacto de -0,43 p.p.), do grupo Habitação (2,85%). Destaca-se a região metropolitana de Curitiba, onde as contas recuaram 21,53% em relação a 2015. A energia também teve forte queda no Rio de Janeiro (-14,19%), Goiânia (-15,65%), São Paulo (-14,11%), Porto Alegre (-12,38%) e Vitória (-9,51%).

Em compensação a alimentação ficou mais cara para o curitiano. O subgrupo Alimentação e Bebidas acumulou em 2016 uma alta de 7,56%. Quando analisado os gastos com o Alimentação em Casa e Fora de Casa, o reajuste maior foi verificado no custo para comer fora de casa, com aumento de 9,29%. O custo em Casa foi de 6,61%.

Apesar da redução do custo de vida de 2015 para 2016, em Curitiba foi registrada a maior alta dos gastos com transporte com 16,12%, seguido , com Porto Alegre (15,38%) e Recife (14,54%) a seguir.

 

O IPCA dezembro foi o mais baixo para esse mês desde 2008 (0,28%). Em 2016, índice acumulou alta de 6,29%, ficando abaixo dos acumulados de 2015 (10,67%) e de 2014 (6,41%). O grupo Alimentação e Bebidas exerceu a maior influência sobre os índices do mês e do ano. Já o INPC variou 0,14% em dezembro e acumulou alta de 6,58% em 2016.

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro subiu 0,30% e superou os 0,18% de novembro em 0,12 ponto percentual (p.p.). Mesmo assim, esse foi o IPCA mais baixo para um mês de dezembro desde 2008 (0,28%). Já em dezembro de 2015, o IPCA atingiu 0,96%, maior taxa para um mês de dezembro, desde 2002 (2,10%).

 

Após recuar de 0,26% para 0,18% de outubro para novembro, o IPCA voltou a subir (0,30%) sob influência da aceleração dos grupos Alimentação e Bebidas (de -0,20% em novembro para 0,08% em dezembro), Despesas Pessoais (de 0,47% para 1,01%) e Transportes (de 0,28% para 1,11%).