Os calouros do curso de Medicina da Faculdades Pequeno Príncipe foram recepcionados, na manhã de ontem, pelas crianças em tratamento no Hospital Pequeno Príncipe. A ação tradicional na faculdade é realizada há três anos, e faz parte da recepção aos calouros. Eles conheceram a história do Complexo Pequeno Príncipe e, depois, interagiram com os pequenos pacientes. Os novos acadêmicos tiveram seus rostos pintados pelas crianças. A ação propõe que os alunos conheçam a realidade dos pacientes e familiares desde o começo da faculdade.
Esse tipo de recepção aos novos estudantes vem ganhando força nos últimos anos, em substituição aos trotes mais tradicionais — aqueles muito criticados por colocarem os calouros em situações constrangedoras ou vexatórias, e em alguns casos com práticas violentas. A Universidade Federal do Paraná (UFPR) tem uma campanha para a denúncia de trotes violentos.
Por isso é importante que as instituições se mantenham atentas às recepções de seus calouros e incentivem acolhimentos saudáveis e solidários, que substituam os trotes envolvendo humilhação e violência, diz material encaminhado pelo Pequeno Príncipe, reforçando suas ações solidárias.
Outra ação no mesmo sentido foi realizada, também ontem, por calouros e veteranos da UFPR, em uma escola no Novo Mundo. Eram cerca de 200 novos estudantes da UFPR de cursos como as engenharias Mecânica, Elétrica e Florestal, Economia e Nutrição logo cedo na Escola Municipal Arapongas.
Durante todo o dia, rapazes e moças lavaram e pintaram muros, refizeram o paisagismo e fizeram atividades com os escolares. Isso é muito bom porque estamos ajudando a comunidade desta escola, que é pública, assim como a Universidade Federal, diz a veterana e integrante da comissão organizadora do trote, Rafaella Gonçalves. Ela se referia ao fato de a UFPR ser mantida também com recursos originários dos tributos pagos pela população.
Parece que aqui, hoje, tem mais adulto que criança, disse a vice-diretora da escola, Daniela da Rocha, que tem 328 alunos sob seus cuidados.