Desemprego aumentando e a crise abalando a confiança dos mais otimistas. Porém, o que pouca gente se dá conta, é que o período pode ser uma grande oportunidade para repensar as atitudes e impulsionar a carreira. Ou, quem sabe ainda, ser promovido. Segundo o especialista em liderança e Executive Coah, Guilherme Piazzetta, existem formas de identificar o rendimento pessoal dentro de uma empresa e, com isso, adotar comportamentos para se tornar essencial à corporação.

Uma empresa vive de resultados, e esse é um dos primeiros parâmetros que é levado em consideração no momento de uma demissão. Se você está como medo de ser demitido, a primeira pergunta que pode fazer a si mesmo é: ‘Em termos de resultados, o que a empresa espera de mim e como eu estou?’ Dificilmente a resposta será péssimo, pois se assim fosse, provavelmente já teria sido demitido na atual situação do mercado, argumenta.

O coach alerta ainda que se a resposta for mediano, é um alerta de que pode haver um risco, dependendo da situação da empresa e de seu ramo de atuação. Se a resposta for excelente, a chance é bem pequena, pois dificilmente um líder vai querer perder alguém que gera excelentes resultados, diz.

Piazzeta afirma que esse raciocínio parece óbvio, mas pode ser muito útil para um colaborador que está gerando excelentes resultados se acalmar e focar ainda mais na manutenção de seus resultados. Para alguém com resultados medianos, pode ser um impulsionador mental e emocional para traçar novas estratégias, melhorar seus resultados e entrar para o grupo das pessoas valiosas para a empresa, com baixo risco de demissão, explica o especialista.

A grande dica é controlar o pensamento e não deixar o baixo astral ou o pessimismo influenciar no rendimento e, principalmente na motivação e nas boas ideias. Pensar que o cenário está ruim, que poderá ser o próximo, somente gerará emoções negativas, que desencadearão atitudes menos produtivas e resultados ruins.

Comportamento é crucial

Em meio ao processo de autoanálise, existe outro critério que é tão ou mais importante que os resultados, chamado comportamento. Atualmente, cerca de 85% das pessoas que são demitidas no mercado de trabalho brasileiro não são demitidas por razões de ordem técnica, e sim comportamentais. Os motivos são intriga, fofoca, inflexibilidade, mau humor, comunicação inadequada, insubordinação, impontualidade, dentre outros.

Essa é uma ótima pergunta que a pessoa pode fazer a si mesmo, também. Eu tenho histórico de problemas comportamentais na empresa? Para quem tem consciência de um histórico comportamental ruim, o primeiro passo é se redimir com as pessoas envolvidas e começar a gerar a mudança comportamental positiva o mais rápido possível, alinhando as novas expectativas de atitudes com seu líder, diz o especialista em liderança e Executive Coah, Guilherme Piazzetta.

Inovação ganha espaço

Os líderes que se vêm desafiados a produzir mais resultados em um cenário ruim, estão diariamente buscando se reinventar para conseguir se sair bem nesse cenário tão competitivo, e, muitas vezes, se sentem sozinhos e limitados. Esse momento de crise gera uma excelente oportunidade para os colaboradores se aproximarem de seus líderes como fontes de apoio e reinvenção, propondo soluções relevantes, utilizando suas melhores competências técnicas e aproveitando o momento para aprimorar o relacionamento profissional e a comunicação direta.

A crise sempre traz excelentes oportunidades para inovação, um dos bens intangíveis mais valiosos do mundo corporativo. A inovação é o principal fator competitivo que as empresas possuem. Inovação não vem de máquinas, vem de pessoas. E as pessoas normalmente conseguem inovar quando se desafiam a sair da sua rotina automática de execução e se obrigam a pensar fora da caixa. Toda crise sempre traz oportunidades, mas quem consegue enxergá-las são aquelas pessoas que direcionam sua mente para potencializar os ganhos e minimizar as perdas. Pensar que o resultado é possível é a primeira atitude para atingi-lo, diz o especialista em liderança e Executive Coah, Guilherme Piazzetta.


Dicas para ser essencial à empresa

– Faça uma autoanálise
– Em termos de resultados, quais são os apresentados à empresa?
– Os resultados entregues estão de acordo com as exigências da empresa?
– O que fazer para melhor os resultados apresentados?
– Com as respostas, parta para a ação
– Trace estratégias para melhorar os resultados
– Estipule prazos de melhoria de resultados para si mesmo
– Controle os pensamentos negativos
– Mantenha foco no trabalho
– Corrija comportamentos indesejáveis para a empresa
– Evite participar de rodinhas de intrigas e fofocas
– Controle o mau humor
– Seja flexível
– Evite comunicação inadequada, ou seja, abordagens muito íntimas com colegas de trabalho, brincadeiras em tom de deboche ou preconceituosas e discussões como futebol e religião
– Seja pontual na chegada à empresa e na entrega de tarefas passadas.