Uma das principais manifestações, hoje, Dia Internacional das Mulheres, será uma marcha que começa às 17 horas na Praça Santos Andrade e segue até a Boca Maldita, em Curitiba. A manifestação reúne mais de 20 entidades representativas das mulheres na Capital. Atos semelhantes acontecem em mais 12 estados brasileiros e 50 países no mundo todo. Mas, por que elas marcham?
O dia de manifestação e paralisação mundial das mulheres é um protesto contra a desigualdade de gêneros em todo o mundo. Estimativas do Fórum Econômico Mundial indicam que para se alcançar a igualdade de gênero no Brasil, ou seja, as mesmas condições sociais e profissionais para homens e mulheres, o país levaria perto de 95 anos. Em Curitiba, o Ministério Público do Paraná vai apoiar a Marcha Mundial das Mulheres.

Situação da mulher no Brasil

Pesquisa anual do Fórum Econômico Mundial (WEF, em inglês) aponta que seriam necessários 95 anos para que mulheres e homens atingissem situação de igualdade plena no Brasil – seriam 169 anos até a paridade em âmbito mundial. O mesmo levantamento aponta que estamos na 79ª posição no ranking da igualdade de gêneros

A Síntese de Indicadores Sociais (SIS 2016), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que a jornada de trabalho doméstico dos homens é de dez horas semanais. As mulheres têm em média 20 horas da semana dedicadas aos afazeres domésticos. Detalhe: a média masculina se mantém desde 2005

A renda das brasileiras equivale a 76% da renda dos homens
Cerca de 40% dos lares brasileiros são de responsabilidade de mulheres

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 35% das mulheres em todo mundo é vítima de violência física e/ou sexual

Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, de levantamento a ser apresentado em maio, apontam que em 2015 foram registrados 137.248 casos de violência interpessoal contra mulheres

O principal agressor foi cônjuge/ex-cônjuge/namorado(a)/ex-namorado(a), respondendo por 33,8% das notificações
O local onde preferencialmente ocorreu a violência foi a casa das vítimas (63,4%)