Na coluna de hoje vou continuar na mesma vibe da edição passada: falando sem papas na língua o que vivi durante a Semana de Moda de Paris – Inverno 2017/18.
Foram oito dias de correria em meio a um tempo chuvoso. São as águas de março que encerram o inverno europeu e que, neste ano, escolheram justamente a passagem dos fashionistas para desabar. A chuva torrencial durou, ao menos, uns três dias contínuos e isso fez de tudo uma experiência diferente, mas não menos interessante ou divertida.
Tivemos muitas festas paralelas aos desfiles que, nem sempre, são muito atrativos.
A moda de hoje tem um foco pesado na Ásia, o que não é novidade alguma, pois, o dinheiro está lá e, segundo me contou uma representante de marcas, muitas vezes, homens e mulheres consomem as mesmas peças. Um fato a ser marcado. Não estamos falando de homens que gostam de se vestir como mulher e sim de homens que se divertem ao usar acessórios e roupas femininas, coisa que nós fazemos há anos com as roupas deles. Nada mais justo!
Eu não parei de andar pela chuva entre portas de desfiles, salas e re-sees (apresentações que as marcas fazem, geralmente, um dia depois dos shows para compradores e imprensa poderem entender e ver melhor as coleções) e isso me deu um fôlego a mais para entender a moda de hoje.
Fotos: Ana Clara Garmendia
Vamos lá nos meus destaques flagrados no calor da emoção e no molhado da chuva: o momento é de vinil total em trench coats. Podem ser plastificados ou em tecidos que tenham aparência brilhosa. O que vale é brilhar mesmo. Ah, e todo mundo curte uma sandália com meia. Mania da moda italiana que pegou entre todas.
Em uma das minhas postagens no Instagram, coloquei uma legenda assim para esta foto: Moda, sua traiçoeira, se eu não te decifro, você me devora!. Há diversão nos acessórios, inspirados pelo movimento Surrealista.
Destaque para as preciosas clutchs com mensagens.
E para finalizar, a minha aposta de cor para o ano é o azul. A coleção de Maria Grazia Chiuri para a Dior foi focada nela. Uma homenagem a Christian Dior. O estilista, criador da marca, achava que a única cor que poderia substituir o preto seria o marinho. Voilà! Sinta o azul você também. É uma boa vibração. Bisous.
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