Há algum tempo atrás, fiz um programa que lembrou muito a minha infância no interior do Paraná, quando em todos os finais de semana eu ia ao aeroporto com o meu pai e ficávamos lá a tarde toda admirando os pequenos aviões subirem e descerem, bem como os paraquedistas.

Através do noticiário local fiquei sabendo que haveria um campeonato de paraquedismo durante o sábado e o domingo no Parque Barigui (um dos parques de Curitiba), com os dez melhores paraquedistas do Brasil.

No sábado à tarde, cheguei ao parque e fui direto para o ponto de chegada dos saltadores. Fiquei ali, na boca, quer dizer, na cerca. Como cheguei cedo e o público até então não estava muito grande, pude ficar no melhor lugar e observar aqueles malucos se jogarem em queda livre, abrirem seus paraquedas e quando estavam a uns 100 metros de altura, faziam a manobra da prova, que era descer o mais rápido e vertical possível, tocar o lago sem afundar e acertar o alvo em terra firme.

A galera no chão delirava ao ver as manobras tão de perto. Realmente era emocionante a velocidade que eles atingiam e a rapidez que chegavam ao solo, dando a impressão de que iriam bater forte na água. Todo o evento foi regado à música alta e contagiante, o que fazia de cada salto um espetáculo de aplausos.

Ao meu lado havia dois garotos, com os quais comecei a conversar, e lá pelo do terceiro salto (dos paraquedistas é claro), nós já estávamos amigos, e conversando sobre paraquedismo, assunto esse que nenhum dos três entendia absolutamente nada, mas naquela hora viramos experts.

Durante a nossa conversa Técnica dos saltos, literalmente viajamos na maionese, rimos e nos divertimos muito, pois se alguém ali conhecia sobre paraquedismo, éramos nós. Nossa conversa chegou num ponto, em que um dos meninos disse: eu vou fazer o curso e saltar de paraquedas. Surpreso, o outro garoto disse: mas o curso custa muito caro e precisa ter muita coragem. Ai o menino pensou e respondeu: é realmente não vou poder fazer, pois não tenho dinheiro. Naquele momento eu entrei em ação e disse, dinheiro é detalhe para quem sabe o que quer, dinheiro a gente arruma, trabalhando, acho que a coisa mais importante você já tem, que é a coragem de saltar. Já no meu caso, falta é coragem de me jogar lá de cima. O guri então me olhou meio que assustado, e falou: sabe que você tem razão, eu tenho o que preciso para saltar, vontade e coragem, o resto eu arrumo.

E é verdade gente, na vida, coragem e vontade não se compra, se busca, e é de graça!!!!!!

Um grande abraço e boa semana.

Desmar Milléo Junior, Autor do Livro: Apenas Boas Intenções Não Bastam, Palestrante nas áreas motivacional, comportamental e vendas.Treinamentos com Jogos de Negócios & Simuladores.             SITES: www.milleo.com.br & www.visionbusinessgame.com.br