SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ex-ditador do Egito Hosni Mubarak foi solto nesta sexta-feira (24), por determinação da mais alta corte do país, seis anos após ter sido deposto.
Mubarak, 88, estava em um hospital militar no Cairo, onde cumpria uma pena de três anos de prisão por corrupção em outro processo.
A Justiça do país já havia decidido absolver o ex-ditador no início deste mês pela morte de manifestantes durante os protestos que levaram à sua deposição, em 11 de fevereiro de 2011.
Mubarak, seu ministro do Interior e seis auxiliares foram condenados em 2012 à prisão perpétua. O veredicto, no entanto, foi anulado dois anos depois em razão de falhas técnicas no julgamento.
No início do mês, pedidos das vítimas para reabrir os inquéritos, esgotando a possibilidade de recursos.
Centenas de manifestantes foram mortos pelas forças de segurança durante os protestos contra o regime de Mubarak, que fizeram parte do levante popular conhecido como Primavera Árabe.
As manifestações levaram à renúncia do mandatário, colocando fim a um regime de três décadas de duração e abrindo o caminho para eleições livres no país.
sucessor
O primeiro presidente eleito no Egito, o islamita Mohammed Mursi, foi porém deposto em um golpe militar em 2013, após ser alvo de diversos protestos no país.
Ele cumpre pena de prisão perpétua por espionagem e vazamento de segredos de Estado para o Catar.
Diversos outros líderes de seu grupo, a Irmandade Muçulmana, também foram presos após sua deposição.