O mês de janeiro foi de compra de imóveis em estoque em Curitiba. A pesquisa realizada pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), em parceria com a Brain Bureau de Inteligência Corporativa, mostrou que o estoque recuou mais 4% no primeiro mês de 2017, em relação a dezembro de 2016, totalizando 7.407 apartamentos para a venda na Capital paranaense. É o menor estoque desde 2010.

Nos últimos 12 meses, o estoque de apartamentos residenciais novos acumulou queda de 22,6%. Em janeiro de 2016, havia 9.575 unidades disponíveis em Curitiba. O estudo é o mais completo do setor de incorporação imobiliária para Curitiba e região. Para o presidente da Ademi/PR, Jacirlei Soares Santos, isso mostra que, no setor de novos, o mercado imobiliário retomou o seu equilíbrio.
O ano passado foi sobretudo de consumo de estoques, tanto em Curitiba quanto em outras praças do Brasil. Esforços promocionais de redução de estoque de prontos, bem como a recuperação de distratos, e mais flexibilidade negocial foram os elementos de maior empenho da maioria das empresas que, com isso, obtiveram bons resultados comerciais. Assim, 2017 começou com uma baixíssima oferta de novos. Hoje, já há mesmo bairros e tipologias com zero ou quase nenhuma oferta, em Curitiba, por exemplo, analisa.

Nos últimos 12 meses, tendo janeiro como referência, o padrão que apresentou a maior baixa de unidades residenciais em estoque foi o econômico (com preço de R$ 200.001,00 a R$ 250 mil), cuja disponibilidade ficou quatro vezes menor, com apenas 341 apartamentos à venda.
Os imóveis nos padrões standard (com preço de R$ 250.001,00 a R$ 400 mil) e médio (com preço de R$ 400.001,00 a R$ 700 mil) tiveram queda de 28% e 24%, totalizando 1.646 e 1.323 unidades à venda, respectivamente. O estoque de studios, lofts e apartamentos de um dormitório recuou 23%, com 1.435 unidades.
A pesquisa da Ademi/PR e da BRAIN mostra ainda que a valorização anual dos imóveis residenciais novos em Curitiba ficou em 5,5% em janeiro, com preço médio do metro quadrado privativo a R$ 6.910,82, próximo à inflação que fechou o período em 5,3%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) dos últimos 12 meses.