O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região (Sindimoc) confirmou, ontem, a adesão ao protesto nacional programada para a próxima sexta-feira. Neste dia, a categoria deve parar geral. O anúncio foi feito pelas redes sociais, depois de assemebleias dos trabalhadores. Até ontem, 32 diferentes categorias de Curitiba e região confirmaram participação no ato nacional contra as reformas trabalhistas e da Previdência.

Apesar de confirmar a participação no dia de greve geral nacional, os motoristas e cobradores ainda vão definir como será circulação de ônibus na sexta-feira, com frota mínima ou paralisação de 100%. Em Curitiba, as manifestações estão programadas para acontecer até o início da tarde.

Além dos trabalhadores da base sindical do Sindimoc, confirmaram a parada os trabalhadores de asseio e conservação, bancários de Curitiba, professores das redes públicas, particulares e de universidades, vigilantes, trabalhadores de várias áreas da indústria, metalúrgicos, servidores públicos municipais e estaduais, entre outras.

O dia de protesto nacional é convocado pelas centrais sindicais em luta unificada — CSP Conlutas, CUT, Força Sindical, CGTB, NCST, Intersindical, CSB, UGT e CTB. Em Curitiba, estão marcadas manifestações em grandes atos públicos. A principal acontece a partir das 9 horas na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico.

Depois da concentração, será realizada uma marcha até a frente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), na Avenida Cândido de Abreu e, em seguida, caminhada para a Praça Tiradentes, onde o arcebispo Dom José Antônio Peruzzo fará um pronunciamento. O encerramento será por volta das 14 horas, na Boca Maldita.

Congresso

Um dia nacional de greve já foi realizado no dia 15 de março, também contra as reformas propostas pelo governo federal. Naquela oportunidade, mais de 40 mil trabalhadores se mobilizaram em Curitiba.

Ontem, servidores públicos lotaram o Salão Verde da Câmara em protesto contra a reforma da Previdência. A manifestação foi realizada por funcionários do próprio Congresso, que também serão afetados com as mudanças nas regras do sistema.

“Não à reforma, a Previdência é nossa”, cantaram. Os servidores também entoaram palavras de ordem e afirmaram que a categoria vai aderir à greve geral convocada para sexta-feira: “Greve geral, a Câmara vai parar”.