A defesa do ex-deputado federal paranaense Rodrigo Rocha Loures (PMDB) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele seja novamente transferido da carceragem da Polícia Federal (PF) em Brasília para o 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal ou que retorne para o Centro de Detenção Provisória da Papuda. Loures já havia sido autorizado pelo ministro do STF Edson Fachin a deixar a papuda, após pedido da defesa, alegando que o ex-deputado corria risco de vida. Preso desde o último dia 7, Rocha Loures foi flagrado, em ação filmada pela PF, recebendo uma mala com R$ 500 mil, que, segundo delações de executivos da JBS feitas no âmbito da Operação Lava Jato, seriam dinheiro de propina.

Banheiro
De acordo com os advogados do ex-deputado, o novo pedido se deve à constatação de que a carceragem da PF não apresenta condições mínimas necessárias de saúde, como banho de sol e higiene pessoal, uma vez que não tem sequer banheiro. Após o pedido, Fachin deu três dias para que a PF preste informações sobre as condições da carceragem, a fim de saber se as circunstâncias fáticas alegadas devem ser levadas em consideração. Somente após a resposta por escrito da polícia é que o ministro tomará uma decisão.

Resposta
O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), rebateu, em texto publicado no Facebook, as suspeitas de irregularidades na campanha eleitoral de 2014, levantadas pelo jornalista Celso Nascimento, colunista da Gazeta do Povo. Segundo o colunista, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP) teria interceptado ligações de uma ex-secretária, funcionários da Secretaria de Urbanismo, e integrantes da campanha de Greca, apontando que servidores teriam ajudado a fornecer informações usadas como denúncia de irregularidades na locação do terreno do Instituto Paranaense de Cegos para o irmão do candidato a prefeito do PSD, Ney Leprevost.

Auditoria
Na nota, o prefeito afirma que a denúncia de desvio de finalidade do uso do terreno do Instituto dos Cegos feita por sua campanha estava embasado em documentos que nada tinham a ver com a Secretaria Municipal de Urbanismo e que o Tribunal Regional Eleitoral teria negado ao candidato do PSD, direitos de resposta contra a acusação. A auditoria determinada por mim na Secretaria do Urbanismo, antes mesmo da ação do Gaeco, trará luz aos fatos e ação judicial aos envolvidos nesse triste episódio, disse o prefeito.

Transtornos
O presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e prefeito de Assis Chateubriand, Marcel Micheletto (PSDB), envio ofício ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Gilmar Mendes, pedindo a revogação da portaria que prevê a extinção de zonas eleitorais no interior do Estado. A AMP argumenta que o fechamento das zonas causará vários transtornos aos eleitores. O Paraná tem 206 zonas eleitorais em 399 municípios do Paraná.

Biometria
O TSE argumenta que o objetivo da decisão é reduzir custos e padronizar as zonas eleitorais. Um dos problemas previstos pela AMP é que, com a decisão do TSE, os eleitores terão que se deslocar a outras zonas distantes. Além disso, a entidade lembra que no Paraná, os eleitores de 158 municípios deverão se submeter à coleta dos dados biométricos. Com certeza, o eventual fechamento das zonas eleitorais vai dificultar a implementação desta meta, que também é originária e própria do TSE?, afirma o presidente Micheletto. Apenas 54% dos eleitores paranaenses já se submeteram ao sistema biométrico. A meta do TSE é chegar à marca de 85% do eleitorado em março de 2018.