O Sindicato dos Servidores Municipais Públicos de Curitiba (Sismuc)  preparou na manhã desta segunda-feira (19) um  café da manhã em frente ao prédio onde o prefeito Rafael Greca mora. Segundo os organizadores, é apenas um protesto bem-humorado em referência à falta de diálogo do prefeito na discussão do pacote fiscal em discussão na Câmara Municipal de Curitiba. 

A Câmara Municipal de Curitiba retoma amanhã a votação do pacote de ajuste fiscal proposto pelo prefeito Rafael Greca (PMN) em meio a um clima de tensão e confronto. A primeira tentativa de votar quatro projetos do Executivo sob regime de urgência, na terça-feira da semana passada, terminou com a Casa invadida e a sessão suspensa. E após uma nova rodada de reuniões entre sindicatos e prefeitura que terminou sem avanços nas negociações, os servidores decidiram manter a greve e a mobilização para pressionar os vereadores contra a aprovação das medidas de corte de gastos.

Entre as medidas que voltam à pauta do Legislativo da Capital está a proposta que suspende planos de carreira e adia a data-base do reajuste anual dos servidores; o aumento da contribuição do funcionalismo para a previdência e a devolução de R$ 600 milhões do fundo de aposentadoria muncipal para o Executivo; e o leilão de dívidas da prefeitura. A administração Greca afirma que as medidas são a única forma de recuperar a situação financeira do município, diante do déficit de R$ 2,1 bilhão no Orçamento de 2017 e das dívidas herdadas de gestões anteriores.