Manifestantes e Polícia Militar entraram em confronto na manhã desta segunda-feira (26) na frente da Ópera de Arame, onde os vereadores aprovaram o pacotes de ajuste fiscal proposto pelo prefeito Rafael Greca (PMN). Pelo menos seis pessoas ficaram feridas, segundo a Polícia Militar. Os projetos voltarão a ser analisados nesta terça-feira (27), sem segunda votação. Neste momento, servidores se protestam na frente da prefeitura. Os servidores foram dispensados às 14h20, por medida de segurança.

A Ópera de Arame foi escolhida como local na sexta-feira da semana passada, pelo secretário estadual de Segurança Pública, Wagner Mesquista. Nas duas tentativas de votar os projetos, nos dias 13 e 20 deste mês, os servidores invadiram o Palácio Rio Branco, sede da Câmara, e as sessões foram suspensas. Veradores de oposição e sindicatos que representam os servidores alegam que os projetos não foram discutidos com a categoria e questionam o regime de urgência. A mudança de local da sessão foi aprovada na sexta-feira, em sessão extra convocada pelo presidente da Câmara, Serginho do Posto (PSDB).

Os policiais militares chegaram ao local às 4h da manhã e inslaram uma cerca. Pela manhã, cerca de 3 mil servidores se concontraram na Ópera de Arame – eles se recusaram a acompanhar a votação na Pedreira Paulo Leminski, como havia sido determinado. A sessão começou por volta das 9 horas e o presidente da Câmara, Serginho do Posto (PSDB), Serginho do Posto (PSDB), fez os encaminhamentos rapidamente. A vereadora de oposição Professora Josete (PT) se retirou da sessão. Por volta das 11 horas, alguns servidores removeram as grades de proteção. A polícia reagiu com spray de pimenta e balas de borracha. A situação voltou a ficar tensa por volta das 12 horas, quando houve nova tentativa de invasão. 

Greve 

Em assembleia realizada nesta tarde no Parque São Lourenço, servidores municipais aprovaram a continuidade da greve amanhã, em protesto contra o pacote de ajuste fiscal aprovado nesta segunda-feira (26) na Ópera de Arame. Os servidores representados pelo Sismuc (Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba) voltarão a se reunir amanhã, para decidir se mantêm o movimento até sexta-feira, para quando está marcada uma greve geral.

O pacote foi enviado por Greca no final de março. Desde o último dia 13, os vereadores tentam votar quatro projetos sob regime de urgência. Entre as medidas em discussão está a proposta que suspende planos de carreira e adia a data-base do reajuste anual dos servidores; o aumento da contribuição do funcionalismo para a previdência, o saque de R$ 600 milhões do fundo de aposentadoria muncipal para o Executivo; a Lei de Responsabilidade Fiscal municipal, que estabelece limites para os gastos com pessoal, e o leilão de dívidas da prefeitura.