O paranaense deverá sentir nos próximos meses — e ver nos próximos balanços — o impacto do contigenciamento de gastos sobre a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Para se ter noção do tamanho do problema, entre 2007 e 2016 a corporação realizou 3.167 atendimentos aeromédicos, o que dá uma média de 316 atendimentos por mês. A partir de hoje, o serviço está suspenso.

Aliás, a única aeronave à disposição da PRF-PR sequer operou neste ano. É que o helicóptero estaria passando por uma manutenção e até hoje não voltou a operar, restando somente as aeronaves Grupamento Aeropolicial – Resgate Aéreo (Graer), da Polícia Militar, para atender o estado.

Além dos atendimentos aeromédicos, contudo, outras frentes de atuação da PRF deverão ser afetados. A redução imediata dos deslocamentos terrestres de viaturas em patrulhamento, por exemplo, deverão impactar diretamente no balanço de trabalhos da corporação. 

No ano passado, foram presas 387 pessoas por tráfico de drogas, além de terem sido apreendidas 40,8 toneladas de maconha, 256,8 quilos de cocaína, 545,2 quilos de crack, 138 mil comprimidos de ecstasy, 12,6 milhões de carteiras de cigarro, 127 armas de fogo e 21,8 mil munições.