SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo), vinculado à gestão João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (26) a intenção de criar uma PPP (parceria público-privada) de investimento na rede semafórico da cidade a partir do próximo ano.
“Nós queremos colocar o edital da PPP no ano que vem”, anunciou o presidente da CET João Octaviano Neto.
A ideia é modernizar os cerca de 6,5 mil cruzamentos semaforizados da cidade que desde o início do ano deixaram o trânsito da capital paulista mais caótico com constantes falhas e apagões.
A cidade ficou mais de seis meses sem um contrato de manutenção de sua rede de sinais. O último contrato acabou em dezembro de 2016 e a atual gestão só conseguiu assinar os contratos com as novas prestadoras de serviço na última semana, após um novo processo de licitação. Até o meio de março, a CET havia divulgado que a cidade tinha passado por mais de 5.700 falhas nos dispositivos de sinalização. De março até julho, a situação se agravou e a CET não informa mais o número de falhas.
Segundo o presidente da CET, o futuro edital de PPP tem como meta fazer com que a cidade tenha entre 80% e 85% dos semáforos com tecnologia para serem programados remotamente pelos computadores da companhia. Atualmente 0,01% dos semáforos da cidade atendem a este requisito, segundo Octaviano. Com controle do sistema feito eletronicamente, a companhia teria mais capacidade de variar os ciclos dos semáforos, de acordo com o trânsito local.
O executivo diz ainda que o ideal é os semáforos tenham também a possibilidade de, em caso de queda de energia, serem religados eletronicamente.
A gestão Doria ainda estuda quais seriam as contrapartidas que o setor privado poderia obter para fazer a modernização dos semáforos. Uma das possibilidades é de que as empresas possam explorar comercialmente a rede de dutos que interligariam os semáforos e estações de controle.