SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo de Israel voltou a proibir nesta sexta-feira (28) a entrada de homens com menos de 50 anos na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, e intensificou a segurança na cidade diante de protestos convocados por palestinos.
Os muçulmanos que puderam entrar rezaram normalmente e, diferentemente da véspera, não houve confrontos com a polícia no local sagrado.
Do lado de fora, porém, milhares de palestinos rezaram nas ruas e foram reprimidos por soldados israelenses. Também houve protestos e confrontos em cidades na Cisjordânia.
As tensões se intensificaram na região no dia 14, quando um atentado deixou dois policiais israelenses mortos em uma das entradas da Cidade Velha de Jerusalém.
Depois disso, o governo de Israel instalou detectores de metal na Esplanada das Mesquitas, localizada na Cidade Velha. Na sexta-feira passada (21), também foi proibida a entrada de homens com menos de 50 anos.
As medidas restritivas provocaram uma série de protestos de palestinos, que acusam Israel de tentar expandir seu controle sobre a Cidade Velha. O local fica em Jerusalém Oriental, território palestino ocupado pelos israelenses desde 1967.
As manifestações deixaram ao menos cinco palestinos mortos e centenas de feridos. Em meio às tensões, um palestino matou a facadas três israelenses em um assentamento na Cisjordânia na semana passada.
Líderes muçulmanos vinham orientando os fiéis a rezar nas ruas e boicotar o acesso à Esplanada das Mesquitas.
Diante de pressões da comunidade internacional, Israel decidiu remover os detectores de metal na terça-feira (25) e os muçulmanos voltaram a rezar na Esplanada das Mesquitas na quinta (27).
Apesar do fim das restrições, líderes palestinos convocaram manifestações para esta sexta-feira em um chamado “dia de fúria”.
Também houve protestos contra Israel nesta sexta-feira em Teerã. O Irã, país de maioria muçulmana xiita, é um dos principais inimigos de Israel na região.