O senador Roberto Requião (PMDB) desafiou publicamente o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB/RO) a tentar expulsá-lo do PMDB. A declaração foi uma resposta à nota publicada pela revista Veja, segundo a qual Jucá estaria agindo nos bastidores para que Requião e a senadora Kátia Abreu (PMDB/GO) – que fazem oposição ao governo Temer no Congresso.

Tornozeleira
Em vídeo postado nas redes sociais e reproduzido na página oficial do PMDB do Paraná, o senador ironizou as intenções do líder do governo no Senado. Lembrou de uma frase atribuída ao ex-presidente nacional do PMDB, deputado federal Ulisses Guimarães, segundo a qual caberia ao partido não roubar, não deixar roubar, denunciar quem rouba. É por isso que querem me expulsar? Vão manter só o pessoal com a tornozeleira no pé?, reagiu Requião. Se tem alguém a ser afastado do PMDB não sou eu, afirmou o senador. Vamos à luta. Vamos ver nessa parada se ainda existe o velho PMDB de guerra, ou se o partido está definitivamente acanalhado, disse ele.

Ratazanas
Requião também andou se estranhando com o secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano, Ratinho Júnior (PSD), pré-candidato ao governo do Estado para 2018. O senador havia lançado uma enquete no twitter sobre a eleição para o Palácio Iguaçu, mas apagou a consulta depois de ser ultrapassado nas intenções de voto dos internautas por Ratinho Jr. Fiel ao seu estilo, disse que a enquete teria sido invadida por ratazanas.

Preconceito
Ratinho Jr reagiu acusando o senador de preconceito contra os mais pobres. O preconceito é resultado da ignorância daqueles que se prendem às suas ideias pré-concebidas e pode ser fruto de uma personalidade intolerante, geralmente autoritária, afirmou o secretário.

Escarpa
O Ministério Público Estadual expediu recomendação administrativa ao secretário Estadual do Meio Ambiente, Antonio Carlos Bonetti, pedindo a dissolução de um grupo de trabalho criado pelo governo do Estado para avaliar um projeto em discussão na Assembleia Legislativa, que prevê a redução em 70% da Área de Proteção Ambiental (APA) da Escarpa Devoniana. De acordo com o MP, pela proposta, a área protegida passaria de 392 mil para 126 mil hectares.

Retroceso
Na recomendação, o MP diz ser contra a proposta de redefinir a área da Escarpa por entender que a medida seria um retrocessso do ponto de vista ambiental, já que segundo o órgão, com a redução da APA, a região ficaria à mercê “de interesses econômicos, passível de ocupação por indústrias e empresas, em total prejuízo ao meio ambiente e à população que vive ali e é influenciada por aquele ecossistema”.

Propina
A Justiça condenou a ex-prefeita e o ex-secretário de Administração de Campina da Lagoa (região Centro-Oeste) da gestão 2009-2012, além de três vereadores do mesmo período – um deles ainda com mandato na atual legislatura – e um empresário. Eles foram acusados pela Promotoria de Justiça da cidade por improbidade administrativa. De acordo com os promotores, a então prefeita teria pago propina a dois vereadores para que votassem no candidato de sua preferência à presidência da Câmara de Vereadores, buscando evitar que o Legislativo fiscalizasse atos de sua gestão. O ex-secretário e o empresário teriam intermediado os pagamentos – na época, R$ 10 mil para um vereador e R$ 15 mil para outro. A decisão judicial estabeleceu pena de suspensão dos direitos políticos por cinco anos para a ex-prefeita e para o vereador que era seu candidato.