Com parecer favorável da Corregedoria, os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba decidiram acatar a denúncia conta a vereadora Kátia Dittrich (SD) e será aberta uma Comissão Processante para investigar as denúncias de que ela ficava com parte dos salários dos funcionários do seu gabinete.  A comissão pode resultar na cassação do mandato da vereadora. Após o início dos trabalhos da Comissão Processante, todo o processo de investigação e julgamento não pode ultrapassar 90 dias

Em sorteio, foram definidos os integrantes da comissão: Osias Moraes (PRB), Toninho da Farmácia (PDT) e Cristiano Santos (PV). Agora, eles escolhem que será o presidente e relator da comissão.  Antes de ser definida a comissão,  vereadora acusa usou a tribuna da Casa para agradecer o apoio dos correligionários e dizer que foi vítima de um complô feito pelo ex-vereador José Maria. 

Seis ex-funcionários comissionados da vereadora protocolaram denúncia no dia 15, na Câmara Municipal de Curitiba – acusando ela de exigir parte dos salários de seus assessores. Segundo a denúncia, após a nomeação no gabinete, a vereadora e seu marido passaram a exigir dos assessores uma contribuição monetária, de forma compulsória e com ameaças de exoneração em caso de recusa  Os servidores pediram para não terem os nomes divulgados até a realização das investigações no Ministério Público, onde já tinham protocolado a mesma denúncia. Informaram que a questão também foi levada ao Partido Solidariedade.

 Os valores variavam de acordo com os proventos de cada assessor, continua a denúncia, uma quantia estipulada pela vereadora tinha que ser devolvida para esta mensalmente sempre que os salários eram depositados nas contas dos assessores. Os ex-servidores protocolaram, além da queixa, documentos que julgam comprovar a situação denunciada, como comprovantes de transferências bancárias para a parlamentar.

No dia 16, Kátia Dittrich (SD) usou a tribuna da Câmara Municipal de Curitiba para se defender. Em rápido discurso, ela alegou estar tranquila em relação à denúncia de seis ex-funcionários de seu gabinete, que a acusam de ter retido parte dos vencimentos deles. Estou tranquila com relação a esse assunto. Eu ainda não recebi o teor completo, mas quero exteriorizar a minha indignação, disse. Providências serão tomadas, afirmou.

Katia disse que talvez tenha errado amando demais as pessoas e procurou destacar o trabalho que a levou a ser eleita. Sou ativista e protetora dos animais há 11 anos. Resgatei mais de mil animais e levo sempre comigo o olhar de cada um deles. Se eu devo alguma coisa alguém, é a eles. E se estou aqui, é por causa deles. Antes de encerrar, prometeu continuar com o trabalho e disse esperar que tudo seja resolvido.