Se você está na Noruega e pensa que foi para a Suécia, se não confunde Paraguai com Portugal e nem acha que em 2017 ainda existe União Soviética e os russos continuam sendo soviéticos, décadas depois da queda da URSS, digamos que você é uma pessoa normal. Talvez até esteja pensando em fazer um longo curso de aperfeiçoamento de conhecimentos no Exterior, aprimorando uma língua estrangeira, convivendo com outra cultura, alargando horizontes do saber. Só diploma, cargo público ou regalias não garantem o pleno funcionamento da razão e do bom senso, como temos aprendido nos últimos tempos.

Na hora de decidir pelo país onde pretende estudar e morar por algum tempo, é bom pensar no lado prático. Comece voltando atenção para a Europa Central e Portugal. É que estatísticas apontam quinze cidade ( e países) que são mais acessíveis ao orçamento apertado da maioria dos estudantes.

São lugares onde é possível viver com 500 euros ao mês, como Budapeste, Praga, Porto, Varsóvia, Lisboa. A cidade mais econômica é a capital da Hungria, onde dá para sobreviver com 360 euros mensais. Já a capital mais cara é Londres, onde 1.124 euros dá mal e mal para viver trinta dias. Só o alojamento vai custar 680 euros, o transporte mais 104 euros e a alimentação outros 340 euros.

Calcule 403 euros mensais em Praga, 409 no Porto, 425 em Varsóvia, 502 em Lisboa. E reserve mensalmente 640 euros para Barcelona, 656 para Berlim, 658 para Madri, 807 para Roma, 812 para Bruxelas, 870 para Amsterdam, 893 para Munique, 906 para Milão, 915 para Paris e, é claro, no mínimo 1.124 para a capital da Inglaterra.

Para controlar o orçamento é preciso que o alojamento não ultrapasse 30% das despesas mensais. Porque ultrapassar limites é a coisa mais fácil de acontecer em uma viagem para a Europa. Um bom parâmetro para calcular custo de vida em cada lugar, é escolher um ítem. Que pode ser o preço da cerveja. Um copo custa 1,30 euro em Budapeste e Praga, contra os 6 euros em Paris.

Fazer a inscrição nos cursos de uma universidade custa menos na Alemanha, Países Baixos, Espanha, Bélgica e Polônia. Os estudos são mais baratos a partir da Alemanha, onde a universidade é gratuita. Uma lei de 2006 autoriza a gratuidade nas universidades e permite cobrar 500 euros de inscrição anual. O país é generoso em distribuir bolsas de estudos, que podem ser de 8.820 euros (critério social) até 12.240 euros (por mérito).

Países Baixos ficam em segundo lugar. A universidade não é gratuita, mas os estudantes economizam em despesas de transporte. Conforme as cidades, os transportes públicos são grátis ou têm tarifas muito reduzidas. O aluguel de alojamento varia de 350 a 550 euros por mês. E o aluno esportista ou que tenha um bom nível em inglês, tem benefícios complementares oferecidos.

Na Espanha é o alojamento que custa menos: entre 200 a 400 euros mensais. Nas grandes universidades do país, como as de Barcelona e Madri, as taxas de inscrição são inferiores a 50 euros. As bolsas de critério social chegam a 7.000 euros. Madri é a cidade favorita do estudante estrangeiro, mas Sevilha, Granada e Valência também são campeãs na preferência estudantil. Salamanca tem uma das universidades mais antigas e famosas do mundo e a cidade, cheia de história e arte, é movimentada pelos milhares de estudantes espanhóis e estrangeiros.

Bélgica, para melhor acolher aos estudantes, reduziu as taxas universitárias para os estudantes de outros países da União Européia. Enquanto um belga deve dispor de 1900 a 3850 euros anuais, um europeu pagará entre 600 a 830 euros.

A Polônia, que tem na universidade de Cracóvia, o seu destaque, é um dos destinos classificados como financeiramente vantajosos para o estudante. O custo de vida é um dos mais baixos de toda a Europa. E os estudantes estrangeiros podem pedir uma bolsa de estudos, que será suficiente para pagar taxas escolares, alojamento e alimentação. O ensino pode ser feito inteiramente em inglês em mais de 200 universidades.

Faça as contas, escolha o país e a cidade onde vai estudar e aproveite. Pode ser uma chance única na sua vida. 


 

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