BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Indignado com a ação da Vigilância Sanitária que impediu na sexta-feira (15) a chef Roberta Sudbrack de comercializar cerca de 160 kg de linguiças e queijos artesanais em seu estande no Rock in Rio, o presidente interino da Câmara, o mineiro Fábio Ramalho (PMDB), organizou um protesto na Casa.
Os alimentos vetados no festival eram provenientes de pequenos produtores e não tinham o selo do SIF (Serviço de Inspeção Federal).
Ramalho mobilizou produtores artesanais de Minas Gerais para trazer amostras do produto para uma degustação na Câmara. Ele quer dar celeridade à tramitação de um projeto de 2015 que cria uma certificação para queijos artesanais.
NO ROCK IN RIO
Produtores de alimentos artesanais e especialistas afirmam serem necessários até dois anos para se conseguir o SIF (Selo de Inspeção Federal), que permite que empresas vendam produtos de origem animal por todo o Brasil.
Na serra da Canastra, em Minas Gerais, produtores de queijo ameaçam deixar de vender para outros Estados.
João Carlos Leite, presidente da Aprocan (associação de produtores da Serra da Canastra) e dono da Roça da Cidade, reclama da obrigatoriedade de seus produtos seguirem parâmetros que ele considera inadequados.
Por exemplo: queijos da região feitos com leite cru só podem ser vendidos após período de maturação de 22 dias.