SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Facebook afirmou nesta quinta-feira (21) que vai entregar ao Congresso dos EUA 3.000 anúncios políticos pagos por russos para divulgação nos meses da eleição americana de 2016.
A admissão pelo Facebook, no início do mês, de que agentes russos compraram secretamente anúncios durante a eleição americana colocou a rede social no centro da investigação conduzida pelo promotor especial Robert Mueller 3º.
Sob pressão para fazer mais a fim de prevenir que a rede social fosse usada para manipulação de eleições, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, disse nesta quinta-feira (21) que apoia a investigação do Congresso.
Os comitês de inteligência da Câmara e do Senado investigam a suposta interferência de Moscou na eleição do republicano Donald Trump, cuja campanha tem laços mal explicados com nomes ligados ao governo russo.
O Facebook havia mostrado a membros do Congresso amostras de anúncios, alguns dos quais atacavam a candidata democrata, Hillary Clinton, e elogiavam Trump.
Os anúncios estariam ligados a uma empresa russa chamada Internet Research Agency, conhecida por usar contas falsas para publicar em redes sociais e fazer comentários em sites de notícias, a maioria pró-Kremlin.
O Congresso e o FBI (polícia federal americana) investigam a interferência russa nas eleições, e a possível ligação de integrantes da equipe de campanha de Donald Trump com esses esforços.
Em julho, o jornal “New York Times” havia revelado que Donald Trump Jr., filho do presidente, se reunira, em junho de 2016, com Natalia Veselnitskaya, advogada ligada ao Kremlin.
Participaram ainda do encontro na Trump Tower Jared Kushner, genro e assessor de Trump, e Paul J. Manafort, o homem então à frente da campanha do republicano.