SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Coreia do Norte voltou a desafiar a comunidade internacional nesta sexta-feira (22) e disse que pode testar uma bomba de hidrogênio sobre o oceano Pacífico. O anúncio acontece após o presidente Donald Trump afirmar na ONU que os Estados Unidos podem ter de destruir o país asiático, e o ditador Kim Jong-un responder que o país norte-americano vai pagar caro por suas ameaças. De acordo com o ministro de Relações Exteriores norte-coreano, Ri Yong-ho, a Coreia do Norte considera o teste em uma “escala sem precedentes”. O ministro está em Nova York, nos EUA, para a Assembleia Geral da ONU, onde deve discursar nesta sexta. Após a declaração, Trump disse que Kim é “obviamente um louco”. “Kim Jong Un, que não se importa em matar ou deixar sua população morrer de fome, será testado como nunca antes”, publicou o presidente dos EUA no Twitter. No dia 3 de setembro, a Coreia do Norte realizou o seu teste mais potente até hoje com o que seria uma bomba de hidrogênio. A potência estimada da explosão foi de 250 quilotons, ou seja, 16 vezes a força da bomba atômica que destruiu a cidade japonesa de Hiroshima em 1945. Desta vez, Pyongyang ameaça explodir o artefato fora de seu território. Em tentativa de sufocar ainda mais o regime norte-coreano, Trump e a União Europeia anunciaram nesta quinta (21) mais sanções contra Pyongyang. A medida amplia a retaliação a pessoas, empresas e entidades que mantiverem transações com o país comunista. ‘SITUAÇÃO COMPLICADA’ Em meio a troca de ameaças entre EUA e Coreia do Norte, a China disse nesta sexta (22) que a situação na península coreana é “complicada e sensível” e pediu moderação aos dois lados. “Todas as partes relevantes devem exercer a moderação em vez de se provocarem”, disse o ministro de Relações Exteriores chinês, Lu Kang. “Acreditamos que somente se as partes encontrarem um meio termo poderão realmente resolver a questão da península coreana e estabelecerem a paz e estabilidade”. A China já sugeriu que Pyongyang interrompa suas atividades nucleares e que os EUA, em troca, suspenda seus exercícios militares na região.