GUSTAVO URIBE BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Michel Temer comemorou neste sábado (23) seu aniversário de 77 anos com familiares e amigos e deve promover reunião neste domingo (24) com ministros e parlamentares da base aliada. Na capital paulista, ele tomou café da manhã com as filhas e netos. No início da tarde, embarcou para Brasília, onde passará o resto do dia com a primeira-dama, Marcela Temer, e com o caçula, Michel Filho. Durante o dia, o peemedebista recebeu telefonemas de auxiliares e aliados desejando-lhe felicidades e sorte em sua administração. Neste domingo (24), o peemedebista pretende promover encontro para discutir a estratégia da tramitação de denúncia contra ele por obstrução judicial e organização criminosa. Para a reunião, deputados da base governista discutem levar um bolo de aniversário para o presidente. Com o envio da denúncia à Câmara dos Deputados, o Palácio do Planalto começou na sexta-feira (22) a fazer o mapa de votações na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). A meta estipulada pela equipe política é conseguir pelo menos 43 votos favoráveis ao peemedebista na comissão parlamentar. A aposta do Palácio do Planalto é que o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), indique para a relatoria um nome da base governista, mas que não seja tão afinado ao presidente. A equipe presidencial dá como certo que não será nem um nome do PMDB nem um nome do PSDB. O presidente quer concluir a tramitação em plenário no início da segunda quinzena de outubro, possibilitando, assim, que a reforma previdenciária seja votada antes de novembro. O receio é de que caso a mudança nas aposentadorias não comece a ser votada em outubro, não será possível conclui-la neste ano, aumentando o risco de derrota já que 2018 é ano eleitoral. A iniciativa precisa ser apreciada em dois turnos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal e o quórum parlamentar em dezembro costuma ser baixo. Para agilizar o processo, o Palácio do Planalto quer abrir mão do prazo completo para a defesa para agilizar o processo e concluí-lo em três semanas. Em julho, o presidente cogitou promover uma nova reforma ministerial, mas com o cronograma de votações ele decidiu adiá-la para o ano que vem. A ideia é aproveitar a saída de pelo menos seis ministros em abril, para a disputa eleitoral, para contemplar a base aliada.