O último trimestre do ano é marcado por vestibulares em todo o País e, entre os principais fatores de classificação dos vestibulandos, está a redação. Dependendo da universidade e do curso escolhido, a nota alcançada no texto garante – ou não – a vaga. No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontece nos dias 5 e 12 de novembro, o aluno precisa ter uma média ainda maior na redação, comparada às outras disciplinas da prova.

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Uma das principais dicas do professor de Redação do Curso Positivo, Wellington Borges Costa, conhecido como Wella, é a divisão do tempo para a escrita. Segundo ele, quando a prova de redação ocorre junto com outras provas, como é no caso do Enem, é aconselhável começar e terminar pela redação. O ideal é começar a prova escrevendo o rascunho e só voltar a mexer no texto depois de feitas todas as questões e ter passado tudo para o gabarito, explica. Ele ainda alerta que a transcrição não deve ser simplesmente copiar. O passar a limpo deve implicar intervenções no rascunho, tornando o texto sempre melhor, diz.

Para um texto de destaque, que conquiste a banca, Wella indica o uso do argumento de prova concreta, em que o vestibulando cita fatos históricos ou jornalísticos como argumentação. E, para um bom conteúdo e proximidade com o tema, a indicação de leitura é a imprensa. Deve-se ler e ter o hábito de acompanhar jornais, ainda que pela internet, para estar atento ao debate público, orienta, lembrando também da importância de priorizar os veículos com credibilidade. A leitura de imprensa deve ser minimamente respaldada por alguma responsabilidade ética jornalística, ressalta.

E a credibilidade da imprensa não fica apenas nas indicações de leitura. Para o professor, entre as apostas de temas solicitados pelos vestibulares, está a pós-verdade. A aquisição da informação tem a ver justamente com o uso das redes sociais, com o consumo de conteúdo noticioso sem crédito que tem se difundido na rede, justifica. Outros assuntos que também devem ficar no radar dos vestibulandos, segundo o professor, são:

  • Reforma trabalhista.
  • Reforma da previdência.
  • Terceirização da mão de obra.
  • Corrupção.
  • Reforma política.
  • Voto distrital.
  • Reformas do processo eleitoral (voto facultativo, voto obrigatório, questionamento da democracia representativa)
  • Ideologia de gênero.
  • Homofobia ou transfobia.
  • Discursos intolerantes (religiosos, políticos, ideológicos, etc.).
  • Substituição da palavra escrita pela imagem e fotografias nas redes sociais.
  • Mobilidade urbana.