O presidente da República, Michel Temer, reuniu-se com o deputado Carlos Marun (PMDB/MS) um pouco antes de um almoço com governadores e, segundo interlocutores, no encontro fechou a escolha do deputado para substituir o tucano Antonio Imbassahy na Secretaria de Governo. Apesar de interlocutores confirmarem a mudança, há uma ala no governo que defendia que mais conversações fossem feitas ao longo do dia para que o nome fosse o de maior consenso possível. Essa ala contrária a antecipação da definição de Marun diz que ainda estão sendo feitas as últimas costuras da nomeação.
Depois de diversas conversas na terça-feira sobre a configuração da articulação política, Temer recebeu Marun na quarta-feira em reunião com o líder do PMDB, Baleia Rossi, e com o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro. O encontro passou a constar na agenda oficial. Baleia foi um dos líderes que brigou para a retomada da pasta ao PMDB.
Resistências – No final da tarde de ontem, Marun (PMDB-MS) afirmou que ainda não havia recebido convite oficial de Temer para assumir o cargo. A declaração foi dada no Palácio do Planalto, minutos antes de o peemedebista se direcionar ao salão em que ocorrerá a posse do deputado Alexandre Baldy (sem partido-GO) no Ministério das Cidades.
“Não recebi ainda o convite oficial do presidente Temer. Cabe a ele decidir se vou ser o ministro e, se for o caso, quando isso vai acontecer”, declarou Marun, em rápida entrevista. Ele disse não ter ficado decepcionado por ainda não ter sido convidado. “Não atrapalha nada. Ao contrário, tenho absoluta convicção da importância da reforma da Previdência. Vou continuar trabalhando pelo governo. Estou aqui”, declarou.
Resistências ao nome de Marun fizeram com que Temer ampliasse o leque de consultas, incluindo uma conversa com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Só depois de refazer todas as consultas, tomará uma decisão. O nome do deputado continua forte, mas Temer quer acertar com as lideranças dos demais partidos da base.