É impossível entrar no novo endereço da Costuraria C. Nogara, no Batel, sem exibir nenhuma reação. O ambiente reflete exatamente a personalidade da dona, a estilista e costureira Carolina Nogara, ao mesclar a exposição de roupas criadas ou customizadas por ela, peças vintage reutilizadas para exibir as criações, elementos da natureza tais como galhos e troncos, num típico e charmoso sobrado curitibano dos anos 40. 

 Ao entrar no ateliê, azulejos pintados à mão, um telefone retrô, uma máquina de costura antiga, lustres de época, espelhos, vários lápis e tinta para desenhar sobre a mesa, um armário com dezenas de retróses de fio e sobras de tecidos dispostas num gradiente de cores maravilhoso dão o tom da casa. Galhos de árvore presos ao teto fazem as vezes de araras para pendurar as criações e um jardim interno sobre o piso de cerâmica vermelha convidam a uma conversa despreocupada.

 Ao observador mais atento, os detalhes chamam a atenção. Um par de brincos sobre um toco de madeira, as luminárias do provador que lembram o Pomo de Ouro do torneio Quadribol do Harry Potter e outros cuidados complementam a proposta. Em cada canto da costuraria existe uma preocupação com a estética e a beleza dos elementos que compõem o ambiente, explica Carol.

 O sobrado de 200 metros quadrados abriga a loja com criações da estilista, uma área de criação que permite ao cliente customizar e reciclar suas roupas, um amplo provador, a sala da estilista, a área da costura além de um espaço externo para a realização de eventos e outras atividades do ateliê. A Costuraria é uma opção não apenas para se vestir, mas um ateliê criativo para descobrir-se, define Carol, que perpetua o estilo das antigas modistas.