Doenças respiratórias associadas à gripe sazonal matam até 650 mil pessoas no mundo a cada ano. A maioria das mortes é de pessoas com mais de 75 anos, mas há risco aumentado também para pacientes com doenças cardiovasculares e diabetes. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).

As estatísticas comprovam que os pacientes diabéticos morrem mais em períodos de epidemia de gripe. A gripe é a porta de entrada para pneumonias e as pneumonias podem ser mortais para os diabéticos. A vacinação de pacientes diabéticos reduz a hospitalização e a mortalidade.

A gripe também pode causar complicações em pacientes com outras doenças crônicas, pois a ação inflamatória e as outras comorbidades causadas na infecção pelo influenza, pode agravar as condições das doenças pré-existentes.

A melhor maneira de se proteger da doença é a vacinação, que apresenta até 90% de eficácia e tem efeitos protetores com duração de 8 a 12 meses. A vacina não possui vírus vivos, ou seja, não causa gripe, e é recomendada anualmente para todas as pessoas com idade superior a seis meses de idade, que não apresentem alergia comprovada.

Grupos de risco

Os grupos de risco definidos pela OMS são:

  • Idosos acima de 65 anos;
  • Crianças de 6 meses a 5 anos;
  • Gestantes em quaisquer períodos da gestação;
  • Pessoas com doenças crônicas como diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica, deficiência imunológica e obesidade mórbida;
  • Profissionais da área de saúde.
  • Para quem faz parte desse grupo, a orientação é tomar a vacina contra a gripe todos os anos.

 

*Mauro Scharf é endocrinologista e diretor médico da Unimed Laboratório.