Quem tem casa de veraneio no litoral paranaense nunca esteve tão apreensivo. É que o número de assaltos contra residências no litoral paranaense avançou 12,7% em 2017, alcançando um número recorde. Por outro lado, tal cenário acabou por impulsionar o mercado de seguros para casas de praia e de campo, com crescimento de 22%.

De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-PR), em 2017 foram registrados 3.689 furtos e 192 roubos a residências no litoral do Paraná, totalizando 3.881 ocorrências. O número é recorde para a série histórica iniciada em 2011 – desde então, foram lavrados 16.966 boletins de ocorrência por esse tipo de situação, o que dá a média de sete por dia.

Concomitante ao aumento nos índices de criminalidade, a Porto Seguro registrou aumento de 22% no segmento de Seguro Residência Veraneio em 2017 no Paraná, comparado a 2016. Segundo a empresa, tal resultado reflete não apenas os casos de furto e roubo, a principal preocupação dos proprietários, mas também a crescente conscientização acerca da importância desse tipo de produto para se resguardar de outros tipos de danos.

Em 2017, segundo dados da Defesa Civil, o litoral paranaense registrou 31 ocorrências ambientais, como alagamentos, inundações e colapsos de edificações. Em 2016 foram 24 registros, o que aponta um crescimento de 29% no ano passado.

Com a chegada do verão, que vem acompanhado de calor, pancadas de chuvas e temporais, o risco de quedas de raios e danos elétricos é maior, ocasionando a queima de bens, como ar-condicionado, TV, geladeira, câmeras de segurança, além de vendavais, que destroem telhados e trazem prejuízos repentinos.

Nesta estação, muitas casas de campo e de praia ficam fechadas e, quando os proprietários chegam ao local, se deparam com problemas que poderiam ser evitados, ou ao menos,amenizados.

Segundo Jarbas Medeiros, superintendente de Ramos Elementares da Porto Seguro, o seguro para esse segmento de imóvel é tão importante quanto para moradias fixas. Entendemos que é um nicho promissor que vem crescendo consideravelmente. Com a residência fechada, questões como fechadura emperrada, lâmpadas queimadas, roubos, só são percebidas em último caso, pois muitos só se atentam em ter um seguro residencial quando algo realmente acontece.