SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Dois irmãos envolvidos no suposto crime falso de ódio sofrido por Jussie Smollett, em Chicago, entraram com um processo contra os advogados do ator nesta terça-feira (23), acusando-os de difamação por insistirem em afirmar que eles haviam atacado o ator, mesmo depois que a polícia concluiu o contrário.


Olabinjo e Abimbola Osundairo foram brevemente detidos enquanto a polícia de Chicago investigava o incidente de janeiro no qual Smollet, que é negro e gay, disse ter sido agredido por dois homens que gritavam insultos racistas e homofóbicos e que amarraram uma corda ao redor de seu pescoço.


O ator, que acabou sendo afastado de “Empire”, chegou a ser preso em 21 de fevereiro, mas foi solto em seguida após pagar fiança. Mais tarde, a polícia concluiu que Smollett, de 36 anos, forjou o ataque por publicidade.


Procuradores apresentaram, e depois abandonaram abruptamente, acusações de farsa contra o ator no dia 26 de março, em uma medida que irritou o superintendente de polícia e o prefeito da cidade.


Em um processo apresentado no tribunal federal de Chicago, os irmãos Osundairo afirmaram que os advogados de Smollett Mark Geragos e Tina Glandian falsamente os acusaram de atacar Smollett, mesmo após o fim da investigação.


O texto rejeita a ideia de que os irmãos, que também são negros, atacaram Smollett devido por racismo, reiterando que o ator forjou o incidente. O processo também afirma que os dois trabalhavam como treinadores de Smollett, e algumas vezes como figurantes de sua série da Fox.


“Ele queria que seu empregador e que o público o notasse e o valorizasse como um ator negro e abertamente gay bem-sucedido”, diz o processo. “Smollett dirigiu cada aspecto do ataque, incluindo o local e a corda.”


Os advogados de Smollett chamaram o processo de cômico e de uma tentativa desesperada de permanecerem relevantes e de lucrarem ainda mais com um ataque que eles admitem terem perpetrado.